O ex-coach Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, reconheceu (mas minimizou) a condenação por furto qualificado pela Justiça Federal, caso que o levou a ser detido em Goiás em 2010.
Marçal foi considerado culpado por envolvimento com uma quadrilha que desviou dinheiro de contas bancárias. Ele não cumpriu toda a pena, de mais de quatro anos de prisão, pois recorreu e o caso prescreveu.
Em entrevista ao canal de TV por assinatura GloboNews na noite de segunda-feira 26, ele afirmou que prestava serviços técnicos em informática para “um canalha” e que recebia 350 reais pelo trabalho.
“Queria ser uma pessoa que nunca foi processada, um menino que nem peida. Mas não foi assim. Infelizmente, fui injustiçado. Muitas coisas na minha vida foram bobeira mesmo que fiz, todo mundo erra“, disse Marçal, antes de tentar virar o jogo das acusações citando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na mesma entrevista, o candidato tentou se esquivar das diferentes acusações de envolvimento de integrantes de seu partido, o PRTB, com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Não mando no partido, sou uma pessoa que está usando o partido para sair candidato”, afirmou, reconhecendo constrangimento com as denúncias. “Tem esse tipo de gente lá, o que posso fazer?”.
Marçal, que foi alçado ao posto de “presidente de honra” do PRTB antes de ser confirmado como candidato à prefeitura da maior cidade do país, disse que não tem nenhum compromisso com a legenda.
“Eu não escolhi, foi o único [partido] que deu para entrar. Se for eleito, depois posso sair. É o que eu tenho”, resumiu.