A Frente Povo Sem Medo, junto com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), ocupou, nesta quinta-feira (3), a sede do banco de investimento Itaú BBA, para reivindicar a taxação dos super-ricos.
A escolha do local para a manifestação foi estratégica, tendo em vista que o prédio do Itaú está localizado na Avenida Faria Lima, em São Paulo, e considerado o mais caro do país, avaliado em R$ 1,5 bilhão.
“A ocupação do edifício conhecido pelo valor exorbitante e pela suntuosidade no centro financeiro do país — que abriga a sede do banco de investimento Itaú BBA, não é somente uma ação simbólica, é uma denúncia clara: os donos do Itaú, que compraram esse prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos imposto que a maioria esmagadora do nosso povo, que luta para pagar aluguel e comer”, informou a Frente Povo Sem Medo.
“O povo não vai pagar a conta”, “Chega de mamata”, “Taxação dos super ricos já!” e “Taxação dos Bilionários, Bancos e Bets” estampavam a maioria dos cartazes utilizados durante o ato.
À Revista Fórum, os manifestantes afirmaram ainda que a reivindicação foi um recado ao Congresso, que deve atender ao anseio popular ao taxar os super-ricos e isentar os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil do imposto de renda.
A próxima manifestação está marcada para o dia 10, desta vez na Avenida Paulista.
A Frente Povo Sem Medo lançou, ainda, um plebiscito sobre o fim da escala 6×1, taxação dos que ganham mais de R$ 50 mil e isenção do IR para os trabalhadores.
“O Congresso — majoritariamente formado por representantes das elites econômicas e políticas — age como guardião dos privilégios. Bloqueia qualquer tentativa de construir um sistema tributário mais progressivo e de acabar com privilégios para distribuir melhor a riqueza e reduzir as desigualdades históricas que marcam o Brasil”, dizem as entidades.
“Não aceitamos que as medidas para manter o equilíbrio fiscal sustentem os privilégios da grande burguesia, dos militares e do alto escalão do Judiciário, às custas dos direitos dos mais pobres, dos trabalhadores e dos setores médios”, completa.
*Com informações da Revista Fórum e ICL Notícias.
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