A manifestação promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo 16 em defesa da anistia aos golpistas do 8 de Janeiro reuniu 18,3 mil pessoas em seu ápice. O levantamento foi feito pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP).
O número deste domingo representa uma queda de mais de 70% em relação ao protesto realizado no mesmo local em 7 de setembro de 2022, onde 64,6 mil pessoas estiveram presentes, segundo o mesmo levantamento.
O grupo da universidade usou o método Point to Point Network (P2PNet), que identifica cabeças e estima a quantidade de pessoas em uma imagem.
Ao todo foram analisadas 66 fotos da Praia de Copacabana que cobriam toda a extensão da manifestação, sem sobreposição e foram tiradas em quatro horários: às 10h, 10h40, 11h30 e 12h.
O método tem precisão de 72,9% e acurácia de 69,5% na identificação de cada indivíduo. Na contagem de público, o erro percentual absoluto médio é de 12% para mais ou para menos para imagens aéreas com mais de 500 pessoas.
O ato contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e o de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil). Um dos principais apoiadores de Bolsonaro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não participou da manifestação.
A manifestação acontece às vésperas da Primeira Turma do Supremo decidir se torna ou não Bolsonaro réu pela trama golpista. O colegiado marcou para o dia 25 de março o julgamento das denúncias da Procuradoria-Geral da República. São atribuídos cinco crimes ao ex-presidente:
- Liderança de organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da união; e
- deterioração de patrimônio tombado.