Dando continuidade à saga de perseguição judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, realizou mais uma série de arbitrariedades contra os direitos fundamentais da população brasileira.
A que chamou a atenção foi a condenação a 14 anos de prisão da cabeleireira, Débora Rodrigues dos Santos, que pichou, de batom, no ato dos bolsonaristas do dia 08 de janeiro, a estátua “A Justiça”, localizada na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Depois das condenações dos grandes “sanguinários” funcionário da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), um vendedor ambulante, de duas mulheres, sendo uma delas dona de casa e uma agente comunitária que atua como funcionária pública municipal da cidade de Barreiras, na Bahia, agora foi a vez de uma cabeleireira que, segundo Alexandre de Morais, é uma perigosa especialista em armas, bombas e explosivos, já que a ação do processo consta que ela estaria associada a uma organização criminosa armada e a tentativa de golpe de Estado.
Débora Rodrigues, que segue encarcerada desde o dia 17 de março de 2023, foi condenada pela ditadura do Sr. Alexandre de Moraes, no último dia 21 de março, a 14 anos de prisão por portar, esse artefato tão perigoso capaz da destruição em massa, um gloss labial, um batom.
A condenação do STF, com mais esse exemplo da cabeleireira Débora Rodrigues, mostra que os processos contra os manifestantes bolsonaristas são únicos e exclusivos de cunho político.
A única prova contra Débora são imagens dela pintando a estátua em frente ao STF com batom. Segundo a declaração de seus advogados, Hélio Júnior e Taniélli Telles, “Débora não praticou qualquer ato violento, e sua permanência na prisão é uma afronta aos princípios da proporcionalidade e da individuação da pena”, e “o que está em jogo não é apenas o destino de Débora, mas a garantia de que a justiça não será usada como instrumento de perseguição política”, não estão errados.
O que se vê é o acionamento do Estado burguês para esmagar uma pessoa extrapolando qualquer proporcionalidade, 14 anos por uma pichação de batom. Ela foi condenada a passar mais de uma década presa numa penitenciária.
Além disso, nesta semana, teve, também, os casos da condenação, pelo STF, diga-se Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia, da deputada Carla Zambelli a 5 anos de prisão, em regime inicial semiaberto, e à perda do mandato parlamentar por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal como emprego de arma. A condenação se deu após a divulgação de imagens no X (ex-Twitter), que mostram Zambelli durante o processo eleitoral de 2022, perseguindo um militante do PT com arma em punho. Ele foge e entra em um bar, com ela ordenando aos gritos para que ele se deitasse no chão.
E, também, tivemos o caso, onde, ele mesmo, Alexandre de Moraes, negou o pedido de saída temporária de Páscoa para o ex-deputado, Daniel Silveira, por diversas violações das determinações judiciais e ter uma postura de “total desrespeito ao Poder Judiciário”. As “diversas” violações, imputadas a Daniel Silveira por Alexandre de Moraes foi um descumprimento do seu recolhimento noturno (Daniel se encontrava em liberdade condicional).
Independentemente das informações e os esclarecimentos de ambos casos procederem ou não, fato é que a cassação de mandato parlamentar de Zambelli e a perseguição ao ex-deputado Daniel Silveira são abusos e arbítrio de Moraes. Está sendo criado pela burguesia, limpinha e cheirosa, um grande precedente para a cassação do mandato e perseguição política de qualquer deputado, e de qualquer cidadão brasileiro, por qualquer motivo, algo que, inevitavelmente, irá se voltar contra a esquerda.