Um estudo da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) revelou que 62,3% dos nanoempreendedores do setor são mulheres.
Realizado com a CVA Solutions, o levantamento apontou ainda que 53,5% desse grupo tem entre 18 e 29 anos, e mais de 70% pertencem às classes D e E.
Mulheres lideram participação no setor
Segundo Adriana Colloca, presidente da ABEVD, a flexibilidade do modelo atrai mulheres que buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional. “O setor oferece autonomia para quem precisa conciliar responsabilidades”, afirma.
Além disso, 52,3% dos entrevistados são casados ou têm obrigações familiares. Para Colloca, isso reforça a venda direta como alternativa para gerar renda sem abrir mão de compromissos domésticos.
Classe econômica reflete busca por inclusão
Mais de 70% dos nanoempreendedores vivem com até quatro salários mínimos. De acordo com o IBGE, a classe D tem renda familiar entre R2.824eR 5.648, enquanto a classe E não ultrapassa R$ 2.824.
“O setor é uma porta de entrada para quem está em vulnerabilidade econômica”, destaca Colloca. Ela ressalta que, mesmo com recursos limitados, esses profissionais demonstram capacidade de inovação.
Jovens impulsionam crescimento do segmento
A faixa etária de 18 a 29 anos representa mais da metade dos participantes. Para a ABEVD, o dado mostra que o modelo atrai quem busca independência financeira sem vínculos formais de trabalho.
Desafios incluem formalização e capacitação
Colloca defende que o estudo ajuda a entender as necessidades do setor. “Precisamos criar estratégias que apoiem desde a entrada até o desenvolvimento desses profissionais”, explica.