O programa Mais Médicos, revitalizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, registrou a entrada de 6.729 novos profissionais em 2024. O número corresponde a cerca de 25% dos 26 mil médicos atualmente em atividade no programa, segundo levantamento do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira.
Os profissionais estão distribuídos em 4.412 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, ampliando o acesso a atendimento básico em regiões carentes. Em 2023, o Mais Médicos completou dez anos e registrou um salto significativo no número de inscritos, alcançando 21.794 médicos, um aumento de 70% em relação à gestão Bolsonaro.
Criado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff, o Mais Médicos enfrentou alterações nas gestões subsequentes. Durante o governo Jair Bolsonaro, o programa sofreu um esvaziamento com a saída dos profissionais cubanos, substituídos brasileiros, que enfrentou dificuldades em sua implementação e deixou vagas em aberto.
A retomada do Mais Médicos em 2023 consolidou um recorde de inscritos, com destaque para profissionais formados no Paraguai. A idade média dos participantes também aumentou, refletindo mudanças no perfil dos médicos que aderem ao programa.
O Ministério da Saúde, sob o comando de Nísia Trindade, anunciou em maio deste ano um aumento de 28% no financiamento da atenção primária, com repasse total de R$ 35 bilhões em 2024. Esse valor é superior aos R$ 27,3 bilhões executados em 2023 e reflete o compromisso do governo em ampliar o alcance dos serviços de saúde.
Além disso, houve um crescimento de 52% no número de equipes de saúde da família em 2023, o que resultou em um aumento de 16% nas consultas médicas e de 29% nos procedimentos realizados. Na área de saúde bucal, o programa Brasil Sorridente registrou um salto expressivo, de 385 equipes em 2022 para 2.700 no ano passado.
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