Mais de 4 mil trabalhadores em educação terceirizados protestam, nas ruas de Belo Horizonte (MG), pelo fim da escala 6×1, por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A mobilização é organizada pelo Sind-REDE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte), filiado à CSP-Conlutas.
Esses trabalhadores, profissionais contratados pela MGS (Minas Gerais Administração e Serviços S.A.) e pelos Caixas Escolares, possuem funções que são indispensáveis ao funcionamento da escola e à educação, como porteiros, faxineiras, acompanhantes de crianças com deficiência, cantineiras, trabalhadores da Escola Integrada e outras.
“O prefeito Fuad, junto à MGS, não garante condições de trabalho e nem salários justos. A sobrecarga de trabalho, assédios morais e o descaso com a educação são a marca registrada contra os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados da educação. A reivindicação de 10% de aumento mais a inflação foi negada pelos patrões, que propuseram um aumento de 7%. Junto a isso, as exigências de equiparação salarial, fim da escala 6×1 e redução de jornada sem redução de salário não foram respondidas pela Prefeitura e MGS”, destaca Vanessa Portugal, dirigente do Sind-REDE e militante do PSTU.
Ver essa foto no Instagram
Greve a partir do dia 24
A mobilização de hoje (20/02) é um dia de paralisação, com assembleia e protesto em frente à prefeitura de Belo Horizonte. A partir da segunda-feira, dia 24, é greve por tempo indeterminado, conforme calendário de mobilização aprovado em assembleia, no último dia 12.
A greve por tempo indeterminado é resposta da categoria ao prefeito Fuad Nonam (PSD) e à empresa MGS por não atender as reivindicações da categoria. A última proposta apresentada pela prefeitura foi o índice de 7% de reajuste no salário e no ticket. A proposta foi considerada insuficiente. Os trabalhadores reivindicam a recomposição da inflação + 10% de ganho real, equiparação aos de outros trabalhadores com funções iguais ou similares às suas na cidade de Belo Horizonte e cidades próximas, o fim da escala 6X1 e a redução da jornada de trabalho sem redução de salários.
Desde dezembro, os trabalhadores estão em negociação com a prefeitura e a MGS, mas infelizmente nem as reivindicações mais básicas foram atendidas.
Ver essa foto no Instagram
Os trabalhadores reivindicam
— Recomposição salarial para que seus salários sejam equiparados aos de outros trabalhadores com funções iguais ou similares às suas na cidade de Belo Horizonte e cidades próximas;
— Fim da escala 6X1 e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário;
— Transparência em relação aos descontos realizados pela MGS em seus contracheques;
— Redução do número de estudantes atendidos pelos trabalhadores que atuam no acompanhamento direto da criança;
— Direito a acompanhar dependentes diretos em tratamento médico ou a ir em consultas médicas pelo menos seis vezes ao ano;
— Dentre outras questões que dizem respeito a organização do trabalho e o reconhecimento destes trabalhadores como parte fundamental da educação escolar das crianças, adolescentes e adultos estudantes das escolas municipais.
Leia também!
Piauí: PSTU se solidariza com a greve dos professores de Teresina