O jornal israelense Yedioth Ahronoth publicou o manifesto de 341 acadêmicos israelenses, em que pedem o fim das atrocidades na Faixa de Gaza. Na mensagem, os intelectuais afirmaram que “não poderiam ficar de braços cruzados enquanto ações que levam a um desastre em escala global são realizadas em nosso nome”.
A mensagem foi direcionada ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, além do público em geral.
“Parem a crise humanitária na Faixa de Gaza. Ajuda médica, alimentos e água devem ser liberados imediatamente, e os disparos contra civis desarmados devem cessar”, disseram.
Além dos mais de 60 mil mortos em conflitos desde o início de outubro de 2023 e 144.477 feridos, a população agora é exposta à fome, graças à restrição de entrada de ajuda humanitária na região imposta por Israel.
Apenas nas últimas 24 horas, cinco pessoas morreram de fome em hospitais de Gaza. Autoridades palestinas afirmam que, nos últimos dias, o total de mortes por fome e desnutrição chegou a 127 pessoas, das quais 85 eram crianças.
Ataques
Mesmo depois do anúncio de “pausas táticas” nos combates por “fins humanitários”, o governo israelense segue dizimando os palestinos. Na madrugada deste domingo (27), pelo menos 53 pessoas foram mortas em ataques, enquanto outras seis morreram de fome.
A crise humanitária em Gaza gerou um novo apelo da Organização das Nações Unidas (ONU). A diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos da ONU, Cindy McCain, defende que agora é o momento de agir em meio às pausas nos combates israelenses para permitir o aumento das entregas urgentes de ajuda na Faixa de Gaza.
“O PMA tem equipes em campo e alimentos suficientes para alcançar pessoas necessitadas em toda a Faixa de Gaza em larga escala”, escreveu McCain.
*Com informações da Al Jazeera e da Agência Brasil.
LEIA TAMBÉM: