O braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para as questões das mulheres, a ONU Mulheres, denunciou que mais de 28 mil mulheres e meninas já foram assassinadas pelos sionistas na Faixa de Gaza.
Ainda segundo os dados, conservadores, da ONU, o número de mortos equivale a uma mulher e uma menina mortas por hora desde outubro de 2023, contagem muito provavelmente subestimada uma vez que outras organizações chegam a indicar o patamar de ao menos 3 assassinatos dentre pessoas do sexo feminino por hora.
A maioria das mulheres assassinadas eram mães ou grávidas, cujo assassinato revela uma clara intenção de levar adiante um genocídio, inclusive por meio da eliminação de suas futuras gerações.
A realidade das grávidas e novas mães em Gaza é a constante luta pela sobrevivência. Desde o desafio de chegar aos hospitais, passando pelas condições insalubres dos atendimentos e os constantes deslocamentos forçados pelo conflito, até a dificuldade em cuidar dos recém-nascidos com a falta de suprimentos básicos, com hospitais superlotados ou tendo mesmo que fazer o trabalho de parto e os primeiros cuidados em tendas improvisadas, a vida dessas mulheres palestinas é marcada pelo medo e pela incerteza.
O relatório da ONU mostra ainda que as condições de vida em Gaza pioraram significativamente desde o descumprimento dos sionistas do acordo de cessar-fogo, em março deste ano, que foi seguido de pelo menos 9 semanas de bloqueio permanente da entrada de ajuda humanitária para os palestinos em Gaza.
O atual quadro de fome crônica com falta de alimentos e suprimentos primordiais coloca em risco de morte o conjunto da população feminina de Gaza que se estima por volta de 1 milhão.
Esse quadro coloca definitivamente abaixo a máscara da política identitária da qual “Israel” é um grande expoente. A autoproclamada “única democracia do Oriente Médio” é hoje o maior inimigo não apenas das mulheres, mas também de toda a Humanidade.