Uma pesquisa recente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revela que 3,8 milhões de trabalhadores formais pediram demissão entre novembro de 2023 e abril de 2024. Dados antecipados pela subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, revelam que dois terços desse total já estão empregados e 63% ganham mais do que antes.
Segundo o documento, os principais motivos para as desistências incluem salários baixos, falta de valorização e questões éticas nas empresas anteriores. “As pessoas estão pedindo demissão não para ir para casa ou empreender, mas porque têm oportunidade de ganhar mais, conseguir um emprego melhor”, revelou Janaína Feijó, pesquisadora do FGV Ibre. 73% dos entrevistados afirmaram estar felizes com a decisão tomada.
Todos os grupamentos econômicos foram analisados. Desses, vale destacar o de tecnologia da informação (TI): 58% das pessoas que conseguiram novo trabalho eram dessa área. “Não é o maior grupo, mas é o grupo mais bem colocado. Depois vêm pessoas do comércio”, afirmou Paula.
Boas notícias, sucessivamente
Na última terça-feira (30), o relatório do Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) também trouxe ótimas notícias, revelando que foram criadas 201.705 vagas formais no mês de junho, “superando as expectativas” de grande parte da imprensa. No acumulado do ano, já são 1,3 milhão de novos empregos.
A pesquisa do MTE confirma o excelente momento do mercado de trabalho brasileiro. O estudo colheu entrevistas de 59 mil pessoas, por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A amostra traz características similares às 3,8 milhões que pediram demissão no período, revelando um retrato fiel de um país em plena recuperação, que cria a cada dia novas e melhores oportunidades para sua população.