Uma nova pesquisa Quaest, divulgada nesta segunda-feira (6), mostra que 86% dos brasileiros são contra os atos golpistas de bolsonaristas, que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
Após dois anos do caso que marcou a história do país, a reprovação sobre a ação caiu cerca de 8%. Em fevereiro de 2023 aqueles que condenavam os atos eram 94%.
No levantamento atual, a desaprovação dos atos golpistas entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é de 85%, três pontos percentuais abaixo do constatado entre os que votaram no presidente Lula (PT).
“A rejeição aos atos do 8/1 mostra a resistência da democracia brasileira e a responsabilidade da elite política brasileira. Diante de tanta polarização, é de se celebrar que o país não tenha caído na armadilha da politização da violência institucional”, afirmou o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Os entrevistados também foram questionados se Bolsonaro teve influência na organização dos atos. Ao menos 50% acreditam que o político teve participação, enquanto 39% dizem o contrário. Mas, neste caso, chama atenção que a percepção caiu entre os eleitores de Lula e aumentou entre os bolsonaristas.
Em fevereiro passado, 76% dos eleitores de Lula acreditavam na influência de Bolsonaro nos atos golpistas, percentual que caiu para 60%. Enquanto isso, o percentual de bolsonaristas que defendem a tese passou de 13% para 37%.
Ao todo, a Quaest entrevistou 8.598 eleitores, de 16 anos ou mais, de forma presencial, em dezembro de 2024. A margem de erro estimada é de 1 ponto percentual e o índice de confiança é de 95%.
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