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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lançou uma crítica indireta ao governo brasileiro e a outros países que questionam a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que recentemente confirmou sua reeleição para um novo mandato.
Apesar de não mencionar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Maduro fez alusão à situação brasileira para defender a legitimidade do TSJ.
Em um evento político, Maduro declarou que “os estrangeiros não têm moral para se meter nos assuntos eleitorais ou políticos da Venezuela”. Ele mencionou o Brasil para justificar a decisão do TSJ, destacando que, assim como no caso brasileiro, onde o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou a vitória de Lula em 2022, a eleição venezuelana também foi confirmada por uma Corte superior.
“No Brasil, teve eleições e o presidente Bolsonaro não reconheceu os resultados, houve recurso ao ‘Tribunal Supremo’ de Brasil (TSE), que decidiu que os resultados eleitorais deram a vitória a Lula. Santa palavra no Brasil. E quem se meteu com o Brasil? Você fez um comunicado? (apontando para um membro da plateia) Você? Você? Venezuela disse algo? Dissemos apenas que respeitamos as instituições brasileiras e eles resolveram seus problemas internamente, como deve ser”, afirmou Maduro.
Vale destacar que o Brasil ainda não reconheceu o resultado da eleição venezuelana e tem pressionado pela publicação das atas eleitorais, algo que ainda não ocorreu. Recentemente, tanto o presidente Lula quanto o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, renovaram essa cobrança.
A fala de Maduro faz referência ao papel desempenhado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições brasileiras de 2022, que foram reconhecidas por observadores internacionais, como o Centro Carter. No entanto, na Venezuela, o mesmo Centro Carter concluiu que as eleições “não atenderam aos padrões internacionais de integridade e não podem ser consideradas democráticas”.
Além disso, tanto o Tribunal de Contas da União (TCU) quanto uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) validaram as eleições brasileiras, enquanto a OEA não reconheceu os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela e exigiu a publicação das atas.
A decisão do TSJ venezuelano, que confirmou o resultado divulgado pelo CNE e proibiu a publicação das atas eleitorais, foi tomada após uma suposta auditoria solicitada pelo próprio Maduro. O CNE, que é o equivalente à Justiça eleitoral na Venezuela e aliado do governo, seguiu a decisão do TSJ e reafirmou Maduro como vencedor das eleições na última segunda-feira (26).
Além disso, tanto a oposição venezuelana quanto a comunidade internacional rejeitam a decisão do TSJ, amplamente visto como alinhado ao governo chavista. Edmundo González, candidato da oposição, criticou a decisão do TSJ como uma tentativa de favorecer Maduro e reiterou a necessidade de uma auditoria imparcial das atas eleitorais.
Em meio à polêmica das eleições venezuelanas, Lula também chegou a dizer que o governo de Maduro configura um “regime muito desagradável” com um “viés autoritário”. “Não acho que seja uma ditadura. É diferente de ditadura. É um governo com viés autoritário, mas não é uma ditadura como conhecemos em vários países do mundo”, afirmou o petista.
Lula diz que não considera a Venezuela uma ditadura, mas um “regime desagradável”.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, presidente foi perguntado sobre declarações de Maduro que colocam em cheque as eleições no Brasil. “Não tem problema, ele tem o direito de colocar”, respondeu o… pic.twitter.com/g6b2DPjzKZ
— Metrópoles (@Metropoles) August 16, 2024