O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em um comício em Caracas na quarta-feira, declarou que o país poderia enfrentar um “torrente de violência” e uma “guerra civil” se ele não fosse reeleito nas eleições de 28 de julho. Afirmou que somente a vitória do chavismo poderia garantir a paz.

“Se não quiserem que a Venezuela caia em um torrente de violência, em uma guerra civil fratricida, produto dos fanáticos, garantimos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, declarou Maduro.

Paralelamente, a oposição, liderada por María Corina Machado, que foi impedida de concorrer, relata crescente repressão. Machado denunciou um atentado, alegando que veículos de sua equipe tiveram os cabos de freio cortados.

“Esta madrugada cometeram um atentado contra mim e minha equipe em Barquisimeto, estado Lara. Nossos carros foram vandalizados e cortaram os cabos dos freios. Agentes do regime [de Maduro] nos seguiram desde Portuguesa e cercaram a urbanização onde pernoitamos”, disse ela em uma declaração.

Adicionalmente, a equipe de Machado informou que um membro de sua segurança foi sequestrado e acusado injustamente de violência de gênero, em um esforço para intimidar e desestabilizar sua campanha.

A situação política tensa é amplificada por relatos de detenções arbitrárias e violações de direitos humanos, com a ONG Acesso à Justiça reportando 46 detenções arbitrárias neste ano, a maioria de ativistas opositores.

No cenário eleitoral, Edmundo González Urrutia, representando a Plataforma Unitária Democrática (PUD) e apoiado por Machado, aparece como favorito nas pesquisas contra Maduro.

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Última Atualização: 18/07/2024