No início de junho, o ministro israelense de Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli, manifestou apoio ao partido Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen, o partido de extrema direita da França com raízes no nazismo.
“Seria excelente para Israel se [Le Pen] fosse a presidente da França, dez pontos de exclamação. Na minha opinião, seria benéfico para o Estado de Israel“, disse Chikli. Quando perguntado se Netanyahu concordava, Chikli respondeu: “Acho que Netanyahu e eu compartilham a mesma opinião
A entrevista ocorreu quatro dias antes das eleições parlamentares na França, portanto, realmente tiveram um impacto no processo eleitoral.
No dia seguinte à entrevista de Chikli, Macron telefonou para Netanyahu para reclamar que os comentários do ministro eram “inaceitáveis” e equivaleriam a uma interferência eleitoral, afirmou o repórter do Axios. Netaniahu assegurou a Macron que havia instruído todos os seus ministros a se absterem de comentar sobre a votação francesa.
Apesar da aparente garantia de Netanyahu, Chikli continuou a opinar sobre a política francesa nos dias seguintes à ligação. “Macron jogou a comunidade judaica debaixo do ônibus, e eu mantenho essa afirmação”, disse ele à Rádio do Exército de Israel na segunda-feira (8).