O instituto AtlasIntel divulgou nesta quinta-feira (28) uma pesquisa que testou o desempenho de eventuais candidaturas de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL) contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência da República em 2026. O levantamento, feito em parceria com a Bloomberg, simulou cenários de primeiro e segundo turnos e indicou que, apesar da liderança de Lula no início, a disputa se mostra acirrada na etapa final.
No primeiro turno, Lula aparece na frente de seus principais adversários. Contra Tarcísio de Freitas, o presidente soma 44,1% das intenções de voto, ante 31,8% do governador de São Paulo. Na simulação contra Michelle Bolsonaro, o petista tem 44,2%, enquanto a ex-primeira-dama aparece com 29,7%.
A vantagem, no entanto, se estreita em um eventual segundo turno. Contra Michelle, Lula venceria por pequena margem, com 48,8% contra 47,9%. Já no cenário contra Tarcísio, o governador paulista levaria a melhor, com 48,4% contra 46,6% de Lula.
O levantamento também testou o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 e cumpre prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento por tentativa de golpe de Estado. Apesar do impedimento legal, o réu aparece tecnicamente empatado com Lula. No primeiro turno, teria 45,4% das intenções de voto contra 44,6% do petista. Já em uma disputa direta de segundo turno, os dois aparecem iguais, com 48,3%.
O estudo ainda avaliou cenários contra outros nomes da direita que já sinalizaram interesse na disputa presidencial. Lula venceria Romeu Zema (Novo-MG) por 47,1% a 40,9%; Ronaldo Caiado (União-GO) por 46,7% a 40,3%; e Ratinho Jr. (PSD-PR) por 46,9% a 41,1%. Contra Eduardo Leite (PSD-RS), o presidente teria 47,2%, enquanto o governador gaúcho aparece com 24,9%. Em todos os casos, Lula se mantém à frente, com margens confortáveis.
Um cenário sem Lula também foi analisado. O instituto substituiu o atual presidente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já disputou a Presidência em 2018. Nesse quadro, Haddad aparece na liderança, superando Tarcísio de Freitas. Apesar do resultado, o ministro tem repetido que não pretende concorrer em 2026. Aliados, no entanto, pressionam para que ele aceite disputar o governo paulista ou uma vaga no Senado.
A pesquisa entrevistou 6.238 pessoas entre 20 e 25 de agosto, por meio do método de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
