O uso da tecnologia pode ajudar o pequeno produtor agrícola a produzir da mesma forma que o grande produtor, na visão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula esteve no Mato Grosso do Sul neste final de semana para o lançamento do programa Solo Vivo, que tem por objetivo recuperar áreas degradadas destinadas à agricultura familiar mato-grossense.
O programa é uma parceria do Governo Federal com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), contemplando 10 assentamentos em diferentes regiões do estado.
Durante discurso, o presidente destacou que as entregas representam um passo importante para reduzir as desigualdades do campo, melhorando o acesso às tecnologias.
“O que essas máquinas vão provar é que não é que o pequeno agricultor é incompetente e o grande produtor é competente. É preciso acabar com essa falácia. O que o pequeno produtor não tem é as mesmas condições de comprar os equipamentos que tem o grande produtor”, afirmou o presidente.
A cerimônia também foi marcada pela entrega de máquinas agrícolas e retroescavadeiras, além de 78 títulos para assentamentos de reforma agrária. Os títulos entregues vão beneficiar famílias do Assentamento Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde (MT), e do Assentamento Salete Strozak, em Guiratinga (MT).
Os imóveis adquiridos por meio dos títulos somam o investimento de mais R$ 397 mil, totalizando uma área de 1.764,86 hectares.
Segurança alimentar
De acordo com o presidente Lula, os pequenos produtores terão chance de produzir a mesma quantidade que os grandes no momento em que eles têm acesso ao mesmo tipo de tecnologia.
“Na hora que você permite que a tecnologia que os grandes usam chegue aos pequenos, os pequenos terão chance de produzir a mesma quantidade e com muito mais amor, porque não estão pensando só em vender, estão pensando em coisas para comer também. Isso é um dado diferente (…)”, disse Lula.
A iniciativa conta com investimento inicial do Governo Federal de R$ 42,8 milhões e busca melhorar a qualidade dos solos, aumentar a produtividade das lavouras, fortalecer a geração de renda e promover a permanência das famílias no campo.
Na primeira etapa de implementação do programa, entre 800 e 1.000 famílias serão atendidas, em propriedades com média de 10 a 15 hectares cada, dentro de assentamentos.