O presidente Lula expressou profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, destacando-o como um símbolo de acolhimento e amor. “Hoje foi um dia de muita tristeza para todos aqueles que, acima das religiões, fazem do amor a sua profissão de fé”, afirmou Lula, em mensagem divulgada nas redes sociais nesta segunda-feira (21). “E por isso acordamos hoje um pouco órfãos do seu afeto.” O presidente lembrou do compromisso do Papa com os excluídos, os pobres, os injustiçados, os imigrantes e as vítimas da fome. Ele mencionou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, sobre a qual tratou com o pontífice.
Lula também ressaltou a defesa da paz e da união entre os povos por parte de Francisco, bem como seus alertas sobre a crise climática. O presidente recordou o bom humor e o otimismo do Papa, que chamou de “o mais brasileiro dos argentinos”, e sua mensagem de esperança na Páscoa, com a crença de que “o amor venceu o ódio, a verdade venceu a mentira, o perdão venceu a vingança”.
O presidente Lula, que decretou luto oficial no país de 7 dias, pelo falecimento do Papa, irá comparecer ao funeral, neste sábado (26), em Roma. Ele irá acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva.
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Leia a íntegra da mensagem de Lula.
Hoje foi um dia de muita tristeza para todos aqueles que, acima das religiões, fazem do amor a sua profissão de fé.
Francisco foi o Papa do acolhimento. E por isso acordamos hoje um pouco órfãos do seu afeto.
Um afeto que era livre de preconceitos e julgamentos, num mundo que sofre com a discriminação e a intolerância.
Para Francisco, somos todos irmãos, criados para amarmos uns aos outros.
E por sermos todos irmãos, não há razão para tanta discórdia, tanto ódio, tantas guerras e tanta desigualdade no mundo.
Francisco foi o Papa de todos, mas principalmente dos excluídos. Dos mais pobres, dos injustiçados, dos imigrantes, dos que não têm voz, das vítimas da fome e do abandono.
Em uma das audiências que tive com ele, discutimos a necessidade de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que foi efetivamente lançada pelo Brasil no ano passado, durante a cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Francisco foi o Papa da paz, do diálogo, da união e do amor a todas as formas de vida.
Fez seguidos alertas sobre a crise climática e a ameaça de destruição do nosso planeta, obra-prima da criação divina.
Condenou todas as guerras, que têm como vítimas preferenciais a população civil, sobretudo mulheres e crianças.
Minhas amigas e meus amigos,
Embora o dia de hoje seja de muita tristeza, vamos nos lembrar para sempre da alegria do Papa Francisco.
Do sorriso que iluminava a tudo e a todos.
O entusiasmo pela vida, o bom-humor, o otimismo, a paixão pelo futebol, qualidades que faziam dele o mais brasileiro dos argentinos.
Na sua bênção de despedida, no domingo de Páscoa, pediu para voltarmos a ter esperança de que a paz é possível.
Francisco foi o Papa da esperança. Em sua despedida renovou a crença nos seres humanos, e previu um futuro melhor para a humanidade.
Disse que “o amor venceu o ódio, a verdade venceu a mentira, o perdão venceu a vingança.”
Este é o mundo que haveremos de construir, inspirados no Papa Francisco.
Se formos capazes de cultivar a paz, o amor, a justiça e a fraternidade.
Que Deus abençoe a humanidade.
Da Redação