O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante discurso no Paraná, nesta quinta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recordou o tempo em que esteve preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, e trocava cartas diariamente com a primeira-dama, Janja Lula da Silva.

“Eu e Janja escrevemos 580 cartas durante os 580 dias que fiquei preso. O [Luiz Carlos] Rocha levava a minha de manhã e o Maneco [advogado de Lula na época] me trazia a dela à tarde. Gente, vocês não têm noção do que é receber uma carta. Vocês já receberam carta de amor? Vale mais do que um presente”, contou Lula durante seu discurso.

O presidente falou sobre a ansiedade provocada pela espera das cartas. “Eles sabem a ansiedade que eu ficava. O Maneco conversava comigo dois minutos e falava ‘e minha carta?’. O dia que ele falava ‘hoje não tem carta’, eu entrava em depressão. A depressão passava porque no dia seguinte eu recebia duas. Eu nunca pensei na minha vida que fosse tão bom escrever carta. De noite, você sozinho numa cela, pensando na amada, e você escrevendo pra ela”, acrescentou.

A troca de cartas e as visitas frequentes de Janja ajudaram a fortalecer a relação do casal durante o período que Lula ficou preso, entre abril de 2018 e novembro de 2019. Em 2022, os dois oficializaram a união em uma cerimônia para 220 convidados, em São Paulo.

O momento foi registrado durante a agenda do presidente no Paraná, onde anunciou a criação do Assentamento Maila Sabrina, que deve beneficiar cerca de 450 famílias e integra o programa Terra da Gente, voltado à reforma agrária.

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Last Update: 29/05/2025