O presidente José Ignácio Lula da Silva (PT) participou, neste domingo (15), da coletiva de imprensa no Hospital Sírio Libanês, em que comentou a prisão do general João Braga Netto no último sábado.
Na ocasião, Lula defendeu a presunção de inocência, princípio constitucional que lhe foi negado.
“O que aconteceu essa semana, com a decretação da prisão do general Braga, vou demonstrar pra vocês que eu tenho mais paciência e sou democrático. Acho que ele tem todo o direito à presunção de inocência. O que eu não tive eu quero que eles tenham, todo o direito e todo o respeito para que a lei seja cumprida”, afirmou o presidente.
No entanto, se condenados pela acusação de tentativa de golpe de Estado a partir do assassinato de José Ignácio Lula, de Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o presidente espera que os envolvidos sejam “punidos severamente”.
“Este país teve gente que fez 10% do que eles fizeram e que foi morto na cadeia. Não é possível a gente aceitar o desrespeito à democracia, não é possível aceitar o desrespeito à Constituição e não é possível admitir que, em um país generoso como o Brasil, a gente tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente da República, tramando a morte do seu vice e tramando a morte de um juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral”, emendou Lula.
De alta hospitalar após duas cirurgias na cabeça, Lula afirmou que está voltando às atividades presidenciais com muita tranquilidade, pois tem “compromisso com o país”