O presidente Lula (PT) rebateu, neste sábado (10), as críticas da União Europeia sobre sua viagem à Rússia. O petista foi um dos principais líderes a aceitar o convite do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para visitar Moscou e celebrar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
”A Europa inteira deveria estar fazendo festa ontem, é o dia da vitória contra o nazismo. Eu não vejo qual é a crítica que se possa fazer de um país que perdeu 26 milhões de jovens, fazer a comemoração que foi feita”, afirmou a jornalistas, em uma coletiva de imprensa em Moscou.
O presidente brasileiro também contestou a ideia de que o governo de Putin estaria explorando politicamente as celebrações.
“As pessoas precisam ser menos egoístas do ponto de vista do seu pensamento”, declarou Lula, fazendo uma comparação com o Brasil: “Se o Brasil fizer uma festa, está explorando politicamente? Se eu vou a um baile de carnaval, está explorando politicamente? É pequenez pensar assim”, afirmou.
A diplomata-chefe da União Europeia, Kaja Kallas, criticou a presença de líderes em Moscou, chegando a afirmar que ”eles estão do lado errado da história.”
🇧🇷🇷🇺 Lula responde críticas da UE por viagem à Rússia: 'É pequenez pensar assim, sinceramente'
💬 ''A Europa deveria estar festejando o dia de ontem. O Dia da Vitória contra o nazismo. Eu não vejo qual é a crítica que se possa fazer de um país que perdeu 26 milhões de jovens''. pic.twitter.com/GoKiSa6dtQ
— RT Brasil (@rtnoticias_br) May 10, 2025
Suspensão do uso do espaço aéreo por países europeus
Governos europeus chegaram ao ponto de violar acordos e proibir o uso de seus espaços aéreos para impedir que líderes mundiais chegassem a Moscou.
Foi o caso da Letônia, Lituânia e Estônia, que, apesar de um acordo que garantia o uso de seus espaços aéreos por um ano para autoridades eslovacas, suspenderam essa permissão para tentar obstruir a viagem de Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia.
Mesmo com a ameaça de punições do bloco, Fico viajou à capital russa e se reuniu com Vladimir Putin, com Lula, com o presidente chinês, Xi Jinping, e com outros dois líderes mundiais. Aleksandar Vučić, presidente da Sérvia, também participou das comemorações, apesar de toda a pressão.
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