Lula, presidente do Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo Lula está em negociações com os produtores de arroz para encontrar uma solução que reduza o preço do produto e evite um novo leilão, segundo a GloboNews. No dia 11 de junho, o governo anulou um certame de importação de grãos devido a suspeitas de irregularidades, que o próprio presidente Lula classificou como uma “falcatrua” na última sexta-feira.

Nesta semana, representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul se reuniram com os ministros Carlos Fávaro, da Agricultura, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento, Edegar Pretto, para discutir o assunto. Os produtores de arroz se comprometeram a apresentar uma proposta na próxima semana.

Enquanto isso, o governo continua a elaboração do edital para um novo leilão, desta vez com a participação da Advocacia Geral da União e da Controladoria-Geral da União para minimizar o risco de novas irregularidades. Apesar disso, há um setor do governo que espera que um acordo com os produtores evite a necessidade de um novo processo de compras.

O leilão de importação de 263 mil toneladas de arroz foi inicialmente planejado devido à previsão de desabastecimento causado pelas cheias no Rio Grande do Sul, o maior produtor nacional do cereal. No entanto, foi anulado por indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.

Além disso, foi descoberto que um ex-assessor parlamentar do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, teria intermediado a venda de 44% do arroz no leilão, o que levou à sua exoneração do Ministério da Agricultura, gerido por Carlos Fávaro.

“Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. E, depois, tivemos a anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. Por que eu vou importar? Porque o arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de cinco quilos. Que compre a R$ 4 um quilo de arroz, mas não dá pra ser um preço exorbitante”, afirmou o presidente.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, minimizou as possíveis irregularidades no leilão durante uma audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, onde foi convidado a dar explicações sobre estoques públicos e a necessidade de importação do cereal.

Segundo Fávaro, a anulação do leilão foi uma medida preventiva para evitar qualquer tipo de conflito de interesse, devido ao envolvimento de um então servidor do ministério.

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Última Atualização: 01/07/2024