
O presidente Lula afirmou nesta terça (9) que sugeriu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a prisão de Ricardo Magro, empresário dono da Refinaria de Manguinhos e controlador do Grupo Refit. O petista explicou que, em uma conversa sobre cooperação no combate ao crime organizado, indicou que o empresário, identificado como “um dos grandes chefes do crime organizado”, deveria ser detido.
O empresário é investigado por sonegação fiscal e tem envolvimento com prejuízos bilionários aos cofres públicos. Lula apontou, durante o telefonema, que sugeriu uma colaboração com autoridades americanas para a captura de Magro.
Lula ainda disse que o empresário teve cinco navios apreendidos pela Receita Federal e que, se Trump quisesse ajudar, a melhor ação seria prendê-lo imediatamente. Magro é apontado como um dos maiores devedores de ICMS em São Paulo e outros estados, além de ser alvo de diversas investigações sobre crimes tributários.
O nome de Magro apareceu em investigações recentes da Receita Federal e do Ministério Público, incluindo a Operação Carbono Oculto, que investiga se o combustível da Refit abasteceria postos de gasolina ligados ao PCC.

A Refinaria de Manguinhos, sob sua direção, foi alvo de uma operação da Polícia Civil de São Paulo, Receita e MP no mês passado, com busca e apreensão de documentos e materiais ligados à família de Magro.
Magro, que comprou a Refinaria de Manguinhos em 2008, foi alvo de diversas denúncias de evasão fiscal e manipulação de decisões judiciais, além de ter sido implicado em esquemas de corrupção no passado. Em 2016, ele foi preso por suspeita de lesar o fundo de pensão Postalis e, posteriormente, investigado pela Polícia Federal.
A juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, responsável por uma das ações contra Magro, classificou o empresário como “líder” de uma organização criminosa voltada para a sonegação de tributos.