Durante evento que anunciou R$ 33 bilhões em investimentos pela Petrobras, presidente destacou que o Brasil está em seu melhor momento econômico, com ganho de salário, PIB subindo e desemprego em baixa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou, nesta sexta-feira (04), que órgãos policiais e de defesa do consumidor, como a Polícia Federal, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério da Justiça, fiscalizem postos de combustíveis que não estão repassando reduções no preço do litro do combustível para os consumidores. O chefe do Executivo destacou que as decisões que são tomadas para baixar o preço da gasolina e do diesel devem ser repassados para quem consome na ponta da cadeia produtiva.
“Quero chamar atenção dos Procons estaduais, dos companheiros do Cade e chamar atenção do companheiro Andrei, da Polícia Federal. É preciso, companheiros, que estes órgãos, que tem a função de fiscalizar, não permitam que nenhum posto de gasolina deste país venda gasolina mais cara que o preço que ela tem que vender. Muito menos óleo diesel. Não é possível que a Petrobras anuncie desconto e esse desconto não chegue ao consumidor”, disse Lula.
Nesta semana, conforme notícias publicadas na imprensa, diversos postos aumentaram as cobranças sem motivo justificável. A Petrobras anunciou redução nos preços no mês passado, mas muitos estabelecimentos aumentaram os valores, em vez de aplicar a redução. Em alguns postos, o aumento chegou a R$ 0,50 por litro de gasolina. “O nosso óleo diesel hoje e a nossa gasolina hoje estão mais baratos do que quando entramos na presidência há dois anos. Se levar em conta a inflação neste período, vamos mostrar que mesmo quando a Petrobras baixa, muitos postos de gasolina não reduz. Em Brasília teve um posto que aumentou 50 centavos. Não é possível que se faça um esforço extraordinário para reduzir 20 centavos no litro e esse preço não chega no posto de gasolina”, completou o presidente.
R$ 33 bilhões
O presidente Lula conduziu a cerimônia que marcou o anúncio de investimentos da Petrobras que superam R$ 33 bilhões no setor de refino e petroquímica no Rio de Janeiro. O evento na Refinaria Duque de Caxias (Reduc) celebra a retomada de grandes projetos com potencial para gerar mais de 38 mil empregos diretos e indiretos no estado.
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Acompanhado pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o presidente Lula presenciou o detalhamento dos investimentos que visam aumentar a eficiência operacional da empresa, gerar produtos renováveis e promover o desenvolvimento socioeconômico da região. O ato ressalta o compromisso do governo Lula com a reindustrialização do país, a geração de empregos e a transição para uma economia mais sustentável, consolidando a Petrobras como motor de desenvolvimento para o Brasil.
Um dos principais destaques no campo da infraestrutura é o projeto do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, e sua integração com a Reduc. Esse complexo receberá um total de investimentos estimado em R$ 26 bilhões, com projeção de geração de 30 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A nova estrutura ampliará significativamente a produção de combustíveis essenciais, como diesel S-10 (em 76 mil barris por dia – bpd), querosene de aviação (em 20 mil bpd) e lubrificantes grupo II (em 12 mil bpd).
O Complexo de Energias Boaventura também se dedicará à produção de produtos renováveis, como HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) e SAF (Sustainable Aviation Fuel), em 19 mil bpd, por meio de uma planta dedicada. A Petrobras, por meio do Refino Boaventura e BioQAV Boaventura, reafirma seu compromisso com o Novo PAC, visando impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro.
Combustíveis mais limpos
A Petrobras apresentou avanços na descarbonização com a produção de combustíveis mais limpos. A Reduc já obteve autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para produzir SAF com até 1,2% de óleo de milho no querosene de aviação (QAV), um primeiro passo em direção a uma futura produção de até 10 mil bpd deste produto. Essa iniciativa posiciona o Refino da Petrobras na vanguarda da produção de combustíveis mais limpos, permitindo o atendimento antecipado da regulamentação para redução de emissões de voos internacionais (padrão CORSIA) e antecipa exigências da Lei do Combustível do Futuro.
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Outro avanço é o desenvolvimento do Diesel R7, com 7% de conteúdo renovável. A Reduc, que já produz Diesel R5, recebeu autorização da ANP para iniciar os testes com o novo teor ainda este mês. Em linha com a economia circular, a Reduc poderá converter unidades para refinar óleos usados, gerando produtos de alto valor a partir de resíduos, com testes de coprocessamento previstos para setembro.
PTNacional, com informações da Agência Gov