
O presidente Lula (PT) atendeu a um pedido enviado pelo governo ucraniano à embaixada brasileira em Kiev e, na última sexta-feira (9), levou ao presidente russo Vladimir Putin um apelo para que o cessar-fogo de três dias, decretado pela Rússia, fosse estendido para 30 dias, conforme informações do Estadão.
Segundo fontes do Palácio do Planalto e diplomatas, os ucranianos também fizeram esse pedido ao presidente chinês, Xi Jinping, e buscaram apoio de outros líderes globais. Lula e Xi Jinping foram os principais líderes a aceitar o convite de Putin para visitar Moscou e celebrar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
O cessar-fogo de três dias, decretado pela Rússia em função das festividades em Moscou, foi considerado insuficiente. A Ucrânia o classificou como um “teatro” e manteve uma ofensiva com drones contra Moscou, afetando a chegada de delegações estrangeiras e interrompendo a operação de voos comerciais para as comemorações. A Rússia reagiu com bombardeios.
Durante a reunião bilateral com Putin no Kremlin, Lula sugeriu a extensão do cessar-fogo para 30 dias, como solicitado pelo líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Contudo, Putin não deu uma resposta definitiva, indicando que precisaria avaliar o pedido com mais cuidado.
O encontro entre os dois líderes aconteceu no Salão da Ordem de St. Catherine, no Kremlin. Havia muitas pessoas na mesa para tratar de um assunto sensível, segundo um dos participantes do encontro.
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O pedido
A proposta de cessar-fogo de 30 dias já havia sido intermediada pelos Estados Unidos, mas Putin não concordou com os termos. O pedido ucraniano chegou ao Brasil por meio de canais diplomáticos, pouco antes da viagem de Lula à Rússia.
A solicitação foi formalizada pelo governo ucraniano ao embaixador brasileiro em Kiev, Rafael de Mello Vidal, e depois encaminhada ao Itamaraty, que levou o assunto a Lula.
Além disso, o governo ucraniano insistiu para que seu país estivesse diretamente representado nas negociações com a Rússia. A embaixada ucraniana também sugeriu, em uma nota ao governo brasileiro, que Lula conversasse por telefone com Zelensky, mas a proposta não avançou devido a dificuldades de agenda do presidente ucraniano.
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