O presidente Lula recebeu a visita oficial do colega equatoriano, Daniel Noboa, no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (18). Os mandatários assinaram acordos bilaterais, fizeram declaração à imprensa e seguiram, depois, para a sede do Itamaraty, onde participaram de almoço oferecido pelo governo brasileiro.
Falando a jornalistas, Lula defendeu a retomada e o adensamento das relações com o país vizinho. “Eu penso, presidente Noboa, que é importante marcar o dia 18 de agosto de 2025 como o grande dia do recomeço da relação política, comercial, cultural, tecnológica com o Equador”, afirmou.
“Os laços com o Equador e com os demais países vizinhos sul-americanos são prioridades para nós”, resumiu o petista.
Noboa, por sua vez, reconheceu a receptividade calorosa de Lula. O presidente equatoriano se disse satisfeito com as novas parcerias e concordou que os objetivos de cada governo devem ser, fundamentalmente, melhorar a qualidade de vida dos dois povos, em integração harmoniosa.
“As discussões ideológicas são página virada. Nós precisamos procurar soluções para as pessoas. Precisamos procurar entender quais são as prioridades da sociedade”, argumentou Noboa, antes de agradecer Lula pelo compromisso com as nações vizinhas e com o fortalecimento da unidade sul-americana.
Hoje recebemos no Palácio do Planalto o presidente do Equador, Daniel Noboa. Vamos debater temas importantes para os dois países, como comércio bilateral, investimentos, desenvolvimento social, ciência e tecnologia, integração sul-americana, meio ambiente e mudança do clima… pic.twitter.com/vPY1hpzNZG
— Lula (@LulaOficial) August 18, 2025
Acordos bilaterais – Veja abaixo os dispositivos firmados por Brasil e Equador nesta segunda:
– Memorando de entendimento sobre cooperação técnica para a luta contra a fome e a pobreza
– Memorando de entendimento para a cooperação na área de inteligência artificial
– Memorando de entendimento sobre políticas públicas voltadas à agricultura familiar e ao desenvolvimento agropecuário sustentável
Relações Brasil-Equador
Brasil e Equador estabeleceram relações diplomáticas em 1844, mas a legação brasileira em Quito, a capital equatoriana, foi aberta apenas em 1873. Os contatos bilaterais têm sido historicamente densos, como atestam as visitas de alto nível de parte a parte nos últimos anos.
Em 2024, o intercâmbio comercial entre os países foi de US$ 1,09 bilhão. Os principais produtos exportados ao Equador são papel e cartão; veículos automóveis de passageiros; trigo e centeio não moídos; e calçados.
Já nas importações, destacam-se chumbo; resíduos de metais de base não ferrosos e de sucata; pescados, crustáceos, moluscos e invertebrados aquáticos; artigos de confeitaria; e chapas, folhas, películas, tiras e lâminas de plástico.
O Equador não dispõe de fronteiras terrestres com o Brasil, a exemplo do Chile.
Da Redação, com informações de site do Planalto e MRE