O presidente Lula participou da 51ª Cúpula do G7, no Canadá, nesta terça-feira (17). Em discurso durante a sessão ampliada do bloco, ele defendeu uma transição ecológica inclusiva para os países, pautada pela cooperação e pelo benefício mútuo, bem aos moldes das aspirações do chamado Sul Global. Por conta do cenário internacional de crescentes tensões geopolíticas, o petista advertiu também que a segurança energética do mundo depende da paz.
“Durante séculos, a exploração mineral gerou riqueza para poucos e deixou rastros de destruição e miséria para muitos”, apontou o presidente, para quem “os países em desenvolvimento precisam participar de todas as etapas das cadeias globais de minerais estratégicos”. “O Brasil não vai se tornar palco de corridas predatórias e práticas excludentes”, acrescentou.
Lula voltou a condenar os altos gastos militares das nações desenvolvidas, o descaso delas com as emergências climáticas que afetam, principalmente, os mais pobres e o enfraquecimento evidente das instituições de governança global. O presidente enumerou os conflitos que a Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiu impedir nos últimos anos.
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“Gastos militares consomem, anualmente, o equivalente ao PIB da Itália. São US$ 2,7 trilhões que poderiam ser investidos no combate à fome e na transição [energética] justa. Todos nesta sala sabem que, no conflito na Ucrânia, nenhum dos lados conseguirá atingir seus objetivos pela via militar. […] Em Gaza, nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra”, condenou.
“Ainda há países que resistem em reconhecer o Estado palestino, o que evidencia sua seletividade na defesa do direito e da justiça”, prosseguiu Lula, antes de lamentar a recente escalada bélica entre Israel e Irã e o “caos” no Haiti.
Reuniões bilaterais
Agradeço ao primeiro-ministro Carney o convite para participar desta sessão ampliada. Cinco dos atuais sete líderes do G7 chegaram ao poder desde a Cúpula de Apúlia. Essa renovação denota a força da democracia, mas impõe desafios quando é preciso dar respostas rápidas e… pic.twitter.com/mZE44MQYrH
— Lula (@LulaOficial) June 17, 2025
Ao lado dos líderes mundiais que estiveram em Kananaskis, região das Montanhas Rochosas de Alberta, Lula posou para a foto oficial do G7. Depois, o presidente teve reuniões bilaterais com alguns deles, a começar pelo primeiro-ministro canadense, Mark Carney.
Reunião bilateral com o Primeiro-Ministro canadense, @MarkJCarney. Conversamos sobre democracia, multilateralismo, transição energética e o estímulo ao comércio entre nossos países.
Agradeço o convite para participar do G7, Primeiro-Ministro. Fico feliz com a confirmação de sua… pic.twitter.com/PCP7QHf8uJ
— Lula (@LulaOficial) June 17, 2025
O petista também se encontrou com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Juntamente com o Brasil, os dois países integram o Brics e participaram da Cúpula do G7 enquanto convidados.
O Sul Global se faz presente no G7. Encontro com @CyrilRamaphosa 🇿🇦 e @narendramodi 🇮🇳
📸 @ricardostuckert pic.twitter.com/puPsEMWix2
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Outro líder relevante com que Lula conversou no Canadá foi Lee Jae-myung, presidente da Coreia do Sul.
Conversa com o presidente sul-coreano, @Jaemyung_Lee. Em breve, iniciaremos a sessão ampliada de trabalho da Cúpula do G7 🇧🇷🇰🇷
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O presidente ainda compartilhou uma imagem com a presidenta mexicana, Claudia Sheinbaum. “Um prazer reencontrá-la, companheira”, publicou.
Um prazer reencontrá-la, companheira @Claudiashein 🇧🇷🇲🇽
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Da Redação, com informações do site do Planalto