O presidente Lula compareceu ao encerramento do 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), evento que lotou o Complexo Brasil 21, em Brasília, neste domingo (3).
Ao lado das principais figuras do PT, incluindo o novo presidente da legenda, Edinho Silva, e a primeira-dama, Janja, Lula proferiu discurso inspirado à militância. Ele tratou de questões partidárias e também fez um balanço da administração federal até aqui. O presidente falou em resgatar a civilidade e o verdadeiro patriotismo no Brasil.
“Nós vamos fazer outra vez o melhor governo que esse país já teve”, garantiu, antes de ser aplaudido pelo auditório abarrotado.
Disputa política
Lula se disse “muito feliz” com a retomada dos programas sociais e com o anúncio de que o Brasil saiu novamente do mapa da fome, mas reconheceu que, na disputa política contra a extrema direita, o PT deve estreitar a comunicação com os trabalhadores.
“É preciso fazer com que o povo compreenda uma narrativa sobre o que é democracia. Porque a democracia, para o povo, nós temos que ser claros: não é ele ter o direito de votar, não é ele ter o direito de escolher um deputado. Isso é importante, mas a democracia tem que dar para o povo alguma coisa prática, material”, ponderou.
“Ele quer trabalhar e ter um bom emprego, ele quer comer e ter boa comida, ele quer morar e ter boa moradia, ele quer estudar”, acrescentou Lula.
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Soberania nacional
O presidente aproveitou o discurso para condenar as condutas caudatárias do clã Bolsonaro, em meio ao tarifaço determinado pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, sobre todos os produtos nacionais. O petista reiterou que a soberania do Brasil é inegociável.
“Eles estão traindo o povo brasileiro. Renunciar ao mandato de deputado para ir lá, ficar lambendo as botas do Trump, e pedindo para ele taxar o Brasil mais alto, mais alto, mais alto, o máximo que puder. E nós precisamos dizer: nesse país aqui, a gente tem muitos defeitos, mas quem é brasileiro e quem defende esse país somos nós, o povo brasileiro, e disso, nós não abrimos mão”, rebateu Lula.
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A união do PT
O presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA), Paulo Okamotto, pregou a união do PT, concluído o Processo de Eleição Direta (PED) 2025, para enfrentar a extrema direita, reeleger Lula em 2026 e defender a soberania e os interesses nacionais. “Só nós, a esquerda brasileira, podemos garantir isso”, indicou.
Confira a galeria de fotos do evento (Roberto Stuckert Filho e Site do PT):

















Por sua vez, o senador Humberto Costa (PE), que deixa a presidência do PT neste domingo, depois de ter conduzido o maior PED da história do partido, manifestou regojizos por ter ocupado o cargo durante esse curto período. “Foi o maior orgulho político e pessoal que eu tive até hoje”, disse.
“Portanto, é um orgulho muito grande que tenho hoje de estar passando esse bastão para o nosso companheiro Edinho. E eu quero começar agradecendo à nossa companheira Gleisi Hoffmann, a todos os companheiros e companheiras da Direção Nacional que me confiaram essa tarefa honrosa. Gleisi, foi sob a sua liderança incansável, firme e generosa que o PT enfrentou o período mais difícil da nossa história”, agradeceu Humberto.
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Da Redação