O presidente Lula negou a exigência do chefe de Estado alemão Olaf Scholz para a compra de armas para a Ucrânia. O líder brasileiro afirmou que não venderia armas “para matar russos” ou qualquer outra pessoa.
Falando a jornalistas na quarta-feira (19), durante uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português Luís Montenegro, Lula reiterou a posição neutra do Brasil na guerra.
“Eu disse ao meu amigo Olaf Scholz: ‘Não vou vender armas para matar um russo, para matar qualquer pessoa. Então, quero pedir desculpas, mas o Brasil não venderá as armas que vocês precisam, porque eu quero paz, e se eu quero paz, não posso alimentar a guerra. Queremos paz entre a Rússia e a Ucrânia. Agora, isso só é possível se ambos estiverem à mesa de negociações’“, disse ele.
Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, e seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, discutiram a necessidade de abordar a guerra na Ucrânia e as conversações entre Rússia e EUA desta semana em Riade.
Falando à margem da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 em Joanesburgo, África do Sul, eles também discutiram futuras reuniões de alto nível e planos de colaboração entre Brasil e Rússia, especialmente dentro do BRICS.
No mês passado, Lula aceitou o convite de Putin para participar das celebrações do 80º aniversário da Vitória na Segunda Guerra Mundial, na capital russa, em 9 de maio.