O presidente Lula entregou, nesta quinta-feira (11), cinco centros de radioterapia para as cidades de Itabira (MG), Goiânia (GO), São Luís (MA), Marília (SP) e Colatina (ES). O líder brasileiro esteve no município mineiro para a entrega do equipamento que funcionará no Hospital Nossa Senhora das Dores. O ato contou com cerimônias simultâneas em todas as cidades que receberam os centros, com transmissão ao vivo entre elas e a presença de lideranças locais e ministros de Estado.
A medida é considerada histórica, pois estende o atendimento oncológico gratuito para a população. Para os estados de Goiás, Maranhão e Espírito Santo, são os primeiros aceleradores lineares públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) – fundamentais para o tratamento do câncer.
Em seu discurso, Lula destacou a qualidade dos equipamentos adquiridos ao dizer que a tecnologia seria a mesma utilizada por líderes mundiais caso necessitassem de tratamento.
“Se o presidente Trump, dos Estados Unidos, precisar fazer uma radioterapia, ele vai fazer em uma máquina igual a que vocês estão fazendo. Se o presidente Lula precisar utilizar uma máquina para fazer radioterapia, ele vai utilizar essa mesma máquina que vocês estão utilizando. Se o Papa precisar fazer radioterapia, ele vai utilizar essa mesma máquina. O que significa isso? Significa que todos nós, dos mais humildes aos mais importantes, temos os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”, disse o presidente, ao lembrar que também já passou por tratamento oncológico.
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Na sequência, Lula afirmou que se ele estivesse na presidência na época da pandemia de covid-19, assim como o ministro Alexandre Padilha, à frente da pasta da Saúde, muitas mortes teriam sido evitadas.
“Esse país nunca mais terá um presidente [Bolsonaro] que deixou morrer a quantidade de gente que morreu por conta da covid nesse país, nunca mais! Se eu fosse presidente da República naquela época e o Padilha estivesse na Saúde, eu duvido que a gente não tivesse salvo 70%, 80% daquelas pessoas que morreram”, pontuou o presidente ao direcionar críticas à gestão anterior.
“Por falta de vergonha e de responsabilidade de um presidente que ficava na televisão imitando as pessoas que estavam com covid, tossindo e zombando da saúde das pessoas que morreram nesse país”, completou Lula ao lamentar a presidência de Jair Bolsonaro, sob o qual pesa mais de 700 mil mortes ocasionadas pela pandemia.
Centros de radioterapia
A ampliação dos centros de radioterapia espalhados pelo Brasil permite que o atendimento oncológico esteja mais próximo dos pacientes. Para muitas pessoas, tratar o câncer significava ter que viajar para outras cidades, para as capitais, ou até mesmo para outros estados.
Os novos equipamentos irão atender até 600 novos pacientes com diagnóstico de câncer por ano. Os cinco novos centros tiveram investimento de R$ 67,5 milhões, somando 22 novos aceleradores lineares entregues este ano, o que significa que agora todos os estados do país contam com centros de radioterapia.
“Na semana passada nós inauguramos um centro de radioterapia como este no estado do Amapá, que era o penúltimo estado a não ter um centro de radioterapia sequer. Está faltando só Roraima, o equipamento já está lá. Nós vamos inaugurar em Roraima no começo do ano, o que significa, presidente, que o seu governo vai fazer com que o SUS avance por todo o território nacional na luta contra o câncer. Quando terminar o seu terceiro governo, presidente, todo brasileiro vai poder fazer o tratamento completo do câncer no seu estado sem ter que ir para outro”, celebrou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
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As aquisições dos aceleradores lineares fazem parte do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (Persus), pelo programa Agora Tem Especialistas, que tem como objetivo acabar com vazios assistenciais de saúde no Brasil.
De acordo com o Ministério da Saúde, até 2026, 121 novos aceleradores lineares terão sido entregues em todo o país em benefício de 84,7 mil pacientes. Hoje, a rede do SUS conta com 369 desses equipamentos.
Além do centro do Hospital Nossa Senhora das Dores, os novos centros inaugurados ficam no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia; no Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho, em São Luís (MA); na Santa Casa de Misericórdia de Marília (SP); e no Hospital Maternidade São José, em Colatina (ES).
