O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que um eventual retorno de Donald Trump à Casa Branca possa atrapalhar os planos de aproximação dos EUA e os acordos fechados com o país durante o G20.
“O que a gente deseja é que esse intercâmbio não seja visto como um intercâmbio entre governos, mas entre estados que têm uma relação muito antiga e que pode ser fortalecida com benefícios mútuos”, disse.
“Não é o Brasil pedindo um favor ou vice-versa, são benefícios mútuos. Não vejo porque uma alternância possa colocar em risco esse tipo de parceria que está sendo tratada”, completou.
O ministro se reuniu com a secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.
Segundo Haddad, o governo tem intenção de estabelecer uma ‘relação mais estreita’ com os EUA e que os dois países devem fazer em breve um anúncio sobre a transformação ecológica.
Para Haddad, a taxação global dos super-ricos, principal bandeira do Brasil no G20, tem despertado cada vez mais interesse dos países.
“Tem havido interesse crescente no tema, justamente em virtude das necessidades globais e novas fontes de financiamento para enfrentar fome, mudança climática e temas correlatos”, disse.
Haddad participou do evento COP28-G20 Brasil Finance Track: Tornando o financiamento sustentável disponível e acessível.