Lula foi a Itajaí, na sexta-feira, para dizer que o porto da cidade agora tem controle federal, anunciar investimentos de quase R$ 1 bilhão no setor e, claro, dar um encostão na extrema direita.
A região tem a liderança do autoproclamado véio da Havan. É ele quem manda no entorno todo, pela imposição econômica da sua rede de lojas e pelo histórico ativismo bolsonarista.
Lula terá que lutar muito para que seus feitos sejam reconhecidos na região. Em 2022, os eleitores de Itajaí deram a vitória a Bolsonaro com 72,96% dos votos válidos. Lula teve apenas 27,04%.
Em Balneário Camboriú foi pior. Bolsonaro ficou com 74,57% e Lula com 25,43%. Em Brusque, a terra do véio, aconteceu a maior goleada. Bolsonaro obteve 78,6% dos votos, e Lula conseguiu só 21,4%.
Uma das regiões mais prósperas do país é osso duro para as esquerdas e para Lula. O anúncio de investimentos pesados num porto sucateado vai repercutir na região. Mas com que força?
Será suficiente para que Lula amplie um pouco sua aceitação num reduto tomado pelo ativismo com conexões com o fascismo? Veremos em 2026.
O Vale do Itajaí é reduto de grandes contrabandistas, sonegadores e traficantes de armas e drogas. Muitos deles misturados ao ativismo político de parte da extrema direita.
Lula sabe disso. A Polícia Federal sabe há muito tempo. O Ministério Público é sabedor, mesmo que já tenha sofrido muitas derrotas no Judiciário.
O vale mistura o poder do dinheiro e o poder político com bandidagem pesada. O fascismo não quer ideologia, quer poder e dinheiro.