Lula exalta avanços do governo: “momento ímpar na história desse país”

O presidente Lula promoveu, nesta quarta-feira (17), a última reunião ministerial do ano. No encontro, realizado na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília (DF), ele fez um balanço do governo, destacou avanços econômicos e sociais e também tratou sobre o Acordo Mercosul-União Europeia.

Na observação do presidente, o país vive um momento único: “Eu acho que nós estamos vivendo, do ponto de vista econômico, do financiamento dos nossos bancos, do crescimento da nossa indústria, do ponto de vista do crescimento da agricultura, um momento quase que ímpar na história desse país”, afirmou.

De acordo com Lula, as políticas de seu governo foram responsáveis por acabar com a invisibilidade do povo pobre e reforçou que o fomento econômico faz parte da estratégia de seu mandato.

 “Se tiver dinheiro na mão do povo, está resolvido o problema da industrialização, do consumo, da agricultura, da inflação. O que nós vamos demonstrar de lição ao povo brasileiro é que, na hora que a gente consegue fazer com que o dinheiro circule na mão de todos, está resolvido parte do trauma desse país”, salientou Lula ao destacar também o fortalecimento dos bancos públicos.

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Em deferência ao Congresso Nacional, no qual busca se reaproximar, Lula ainda celebrou a aprovação de medidas importantes, como a reforma tributária e a isenção do Imposto de Renda (IR), e agradeceu o empenho dos parlamentares e ministros.

“Tudo aquilo que, teoricamente, os analistas políticos achavam impossível acontecer num governo que tinha menos de 120 deputados, numa Câmara de 513, aconteceu. Aconteceu pela persistência de cada um de vocês, pela capacidade de conversa que vocês tiveram”, lembrou o presidente.

Acordo Mercosul-União Europeia

Lula não se furtou a comentar sobre o Acordo Mercosul-União Europeia, que pode ganhar contornos finais nesta semana. No sábado (20), o Brasil encerra a presidência temporária do Mercosul, durante a Cúpula de Chefes de Estado, em Foz do Iguaçu (PR). A expectativa de Lula é entregar o acordo como marco final de sua gestão, mas para isso acontecer é preciso que o Conselho Europeu aceite as mudanças aprovadas pelo Parlamento do bloco. Caso o acordo seja feito em tempo hábil, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, poderia desembarcar no Brasil no sábado para um anúncio conjunto.

Apesar de ainda ser possível, Lula criticou a demora na negociação que pode criar a maior zona de livre comércio do planeta, com 5 países do Mercosul (Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai) e 27 do bloco europeu.

“Eu vou para Foz do Iguaçu na expectativa de que eles digam sim, e não digam não. Mas também se [a União Europeia] disser não, nós vamos ser duros daqui para frente com eles, porque nós cedemos a tudo que era possível a diplomacia ceder”, advertiu o líder brasileiro sobre o acordo negociado há 26 anos.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

‘Ao lado de quem mais precisa’

Alguns ministros apresentaram resultados do governo aos demais no encontro. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou importantes conquistas em 2025 por meio do Agora Tem Especialistas, Gás do Povo, Pé-de-Meia, Luz do Povo, 500 novos mercados internacionais para produtos do agro, a CNH do Brasil, a redução histórica do desemprego, a isenção do Imposto de Renda (IR) para mais de 15 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil, entre outras políticas públicas que possibilitaram a redução de desigualdades.

“A renda per capita do país, em geral, cresceu quase 5%, 4,9%. Entre os mais pobres, a renda cresceu 13,2%. De novo, está a expressão de que lado nós estamos: do lado de quem mais precisa, da maioria do povo brasileiro”, disse Costa.

Por sua vez, o vice-presidente e ministro do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Geraldo Alckmin, exaltou o investimento feito na Nova Indústria Brasil (NIB), de R$ 3,4 trilhões, e citou como exemplo os R$ 108 bilhões destinados a estimular o desenvolvimento tecnológico da indústria nacional.

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