Cada vez mais sob pressão, o presidente Lula enfrenta dificuldades em manter a postura adotada em relação à eleição na Venezuela. O argumento utilizado nos bastidores é que, se a oposição insiste na apresentação das atas, não há razões para o Brasil ir além do que a oposição deseja em relação a Nicolás Maduro.
No Chile, o presidente Lula declarou que sua decisão é motivada pelo “respeito pela tolerância e pela soberania popular”, o mesmo tom da nota assinada por ele e o presidente do Chile, Gabriel Boric.
Edmundo González, opositor de Maduro, foi proclamado o novo presidente eleito da Venezuela na segunda-feira. A oposição, liderada por González e Maria Corina Machado, contesta o resultado da eleição desde o dia da votação, em 28 de julho.
Nessa segunda-feira, Lula recebeu um documento assinado por 30 ex-chefes de Estado, além dos governos da Espanha e de países da América Latina, pedindo o compromisso com a democracia na Venezuela. O mesmo grupo pediu a Lula, na semana passada, que reconhecesse a vitória do candidato oposicionista Edmundo González.