Publicitário, que substitui Paulo Pimenta, assume o cargo tendo como uma das principais missões combater a desinformação disseminada pela extrema direita.

O presidente Lula deu posse a Sidônio Palmeira como ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), nesta terça-feira (14), em cerimônia no Palácio do Planalto. O publicitário assume a pasta no lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), a quem coube a tarefa de reestruturar o órgão nos dois primeiros anos do governo. Uma das principais missões de Sidônio é fazer frente à mais notória estratégia política da extrema direita: a mentira.

Lotada, a cerimônia na sede da Presidência da República contou com as presenças da presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR); do secretário nacional de Comunicação do partido, deputado federal Jilmar Tatto (SP); dos deputados federais Lindbergh Farias (RJ) e Odair Cunha (MG), líder do partido na Câmara; além do senador Jaques Wagner (BA) e de outros integrantes da Bancada do PT no Congresso Nacional.

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A presidenta Gleisi cumprimentou Pimenta pelo trabalho de reconstrução da Secom e desejou boa sorte a Sidônio. Por meio do X, a parlamentar afirmou que o publicitário pode contar com o apoio do partido. “Parabéns e sucesso Sidônio Palmeira, que assume hoje a comunicação do Governo Lula! Sua competência, dedicação e comprometimento com a causa que nos move é grande! Conte conosco, conte com o PT”, publicou.

“E a Paulo Pimenta nossa gratidão e reconhecimento da sua trajetória e defesa de nossas lutas e da nossa militância, temos muito orgulho de tudo isso. Cumpriu a grande missão de reerguer um ministério praticamente destruído e o entrega em condições muito melhores daquelas que encontrou dois anos atrás!”, exaltou Gleisi.

“Cortina de fumaça”

Em discurso, Sidônio classificou de “cortina de fumaça” a desinformação promovida pelos radicais de direita e teceu duras críticas à reorientação da política de conteúdos da Meta depois da eleição do magnata republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. “Medidas como as anunciadas recentemente pela Meta são ruins, porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional”, afirmou.

Na avaliação do novo chefe da Secom, a mentira nos ambientes digitais “manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”.

“Esse movimento aprofunda o negacionismo, a xenofobia e as violências raciais e de gênero. Promove um revisionismo histórico, sob a regência do charlatanismo político, que promete prosperidade imediata e pavimenta a cultura do ódio, do cancelamento e do individualismo”, condenou Sidônio.

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Paulo Pimenta, por sua vez, fez questão de agradecer a Lula por ter-lhe confiado a comunicação do governo. O deputado disse que encontrou a Secom completamente desmontada pela administração anterior, mas que a reestruturação da pasta concede a seu sucessor a capacidade necessária para enfrentar a extrema direita.

“O presidente fala sempre que, para poder colher, tem que plantar. E foi o que nós fizemos nesses dois primeiros anos, nós plantamos […] organizamos a casa”, esclareceu Pimenta.

O perfil do novo chefe da Secom

Sidônio tem 66 anos e nasceu na Bahia. Formado em engenharia, começou a carreira na área de comunicação em 1992, quando cuidou da campanha que levou a então deputada Lídice da Mata à prefeitura de Salvador.

O publicitário se aproximou do PT em 2006. Naquele ano, esteve à frente da campanha vitoriosa de Jaques Wagner na Bahia. Ajudou também a eleger Rui Costa ao governo estadual, em 2010.

O novo chefe da Secom atuou ainda na campanha de Fernando Haddad à presidência, em 2018, e na de Lula em 2022, ambas disputadas contra o capitão da extrema direita, Jair Bolsonaro.

 

Do PT Nacional

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Last Update: 14/01/2025