O presidente Lula (PT) e o presidente do Chile, Gabriel Boric, não mencionaram a tensão na Venezuela em sua declaração conjunta após um encontro em Santiago, nesta segunda-feira 5. Eles citam, porém, outros temas internacionais, como as guerras na Faixa de Gaza e na Ucrânia.
Mais cedo, em um pronunciamento, Lula voltou a pedir transparência na divulgação dos resultados do pleito, em nome da “soberania popular”. Boric, por sua vez, preferiu não fazer comentários sobre a eleição entre o presidente Nicolás Maduro e o opositor Edmundo González.
Na mensagem conjunta, Lula e Boric manifestaram apoio ao governo do primeiro-ministro do Haiti, Garry Conille, “apreciando o progresso feito para restaurar a estabilidade institucional do país”.
Sobre os ataques de Israel contra Gaza, “condenaram energicamente as ações militares” que levaram a mais de 39 mil mortes. “Expressaram sua profunda preocupação com a expansão dos assentamentos ilegais e o confisco de terras na Cisjordânia por parte de Israel, ações que constituem violações do direito internacional e impedem o estabelecimento de uma paz sustentável”, diz o texto.
Os dois presidentes também enfatizaram os mais de dois anos de guerra entre Rússia e Ucrânia, “com enormes perdas e impactos humanos e materiais que afetam muito além de suas fronteiras”, e instaram a viabilizar a construção de “fórmulas de solução pacífica deste conflito, considerando a Carta das Nações Unidas e o Direito Internacional”.