Presidente Lula, durante coletiva concedida no Palácio do Planalto nesta quinta (30). Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu, nesta quinta-feira (30), às críticas feitas pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. Na véspera, Kassab declarou que a reeleição de Lula em 2026 “não é fácil” e classificou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como “fraco”.

“Quando vi a declaração do companheiro Kassab, comecei a rir, porque, segundo ele, se a eleição fosse hoje, eu perderia. Consultei o calendário e percebi que, como a eleição só acontece daqui a quase dois anos, não há motivo para preocupação”, afirmou Lula, durante seu primeiro encontro com jornalistas no Palácio do Planalto neste ano.

O presidente também rebateu as críticas de Kassab a Haddad e destacou sua atuação à frente do Ministério da Fazenda.

“Acredito que ele [Kassab] foi injusto ao desconsiderar o papel do companheiro Haddad no Ministério da Fazenda. Eu posso até não ter afinidade pessoal com alguém, mas negar que Haddad iniciou nosso governo coordenando a PEC da Transição, essencial para garantir recursos em 2023, seria um erro. Conseguimos aprovar essa PEC em um Congresso bastante adverso, o que permitiu não apenas viabilizar políticas públicas, mas também quitar dívidas herdadas do governo anterior”, pontuou Lula.

Em seguida, o presidente elogiou a condução de Haddad na criação do arcabouço fiscal e na aprovação da reforma tributária.

“Acho que o Haddad é um ministro extraordinário. Ele conseguiu convencer todo o governo e o Congresso da necessidade de cumprir o arcabouço fiscal e limitar os investimentos a 2,5%. Além disso, liderou um processo que será reconhecido mundialmente: a reforma tributária. Foi, de fato, um feito histórico conseguirmos estruturar uma política tributária que entrará em vigor em 2027”, afirmou Lula.

“Só por isso, Haddad já mereceria o reconhecimento de Kassab”, concluiu o presidente.

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Last Update: 30/01/2025