Em entrevista ao jornal The New York Times, publicada nesta quarta-feira, o presidente Lula reforçou a disposição do Brasil para o diálogo com os Estados Unidos diante da crise comercial causada pelo tarifaço. Ele destacou a importância de separar interesses políticos e econômicos e afirmou estar aberto à negociação, desde que respeitados os princípios da diplomacia e da soberania nacional. “Nem meu pior inimigo poderia dizer que não gosto de negociar”, afirmou.
Ao comentar as afinidades entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, o presidente observou que, se fosse mais conhecido pelo presidente americano, este veria que ele “é 20 vezes melhor que Bolsonaro”. Lula ainda ressaltou que o Brasil não aceita imposições e que buscará sempre o entendimento, sem adotar posturas de confronto nem renunciar a seus interesses estratégicos. “Precisamos sempre encontrar o meio-termo”, disse. A negociação da entrevista teve o objetivo de dialogar diretamente com o público americano.