O presidente Lula (PT) conversou por telefone, nesta quinta-feira 22, com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, e com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof. O petista convidou os dois líderes a aderirem à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.

Pela manhã, Lula recebeu o telefonema de Stubb e o cumprimentou por seu triunfo na eleição deste ano. O finlandês lembrou que era ministro das Relações Exteriores quando Lula visitou o país em 2007.

Na pauta da conversa desta quinta também estiveram as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Segundo o Palácio do Planalto, os dois concordaram com a necessidade de reformar as instituições de governança global, com mais países da América Latina, da África e da Ásia no Conselho de Segurança da ONU.

Na segunda ligação do dia, Lula desejou sucesso a Schoof, que assumiu o cargo em julho. O Planalto informou que os líderes conversaram sobre relações bilaterais e enfatizou que os Países Baixos são o maior mercado para as exportações brasileiras na Europa e o quarto maior no mundo.

A crise política na Venezuela também fez parte do cardápio.

Lula anunciou, no fim de julho, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O lançamento oficial da iniciativa ocorrerá na reunião do G20 em novembro.

“Ao longo dos séculos, fome e pobreza estiveram cercadas de preconceitos e interesses. Muitos viam os pobres como um ‘mal necessário’ e mão-de-obra barata para produzir as riquezas das oligarquias”, disse o presidente.

“Nas últimas décadas, a globalização neoliberal agravou esse quadro. Nunca tantos tiveram tão pouco e tão poucos concentraram tanta riqueza. Em pleno século 21, nada é tão absurdo e inaceitável quanto a persistência da fome e da pobreza, quando temos à disposição tanta abundância, tantos recursos científicos e tecnológicos e a revolução da inteligência artificial. Nenhum tema é mais atual e mais desafiador para a humanidade.”

O Brasil arcará com metade dos custos administrativos da Aliança Global, algo em torno de 9 milhões a 10 milhões de dólares até 2030. O restante dos recursos virá de países como a Noruega e de demais governos dispostos a colaborar.

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Última Atualização: 22/08/2024