O presidente Luís Inácio Lula da Silva concedeu ao ministro da Igualdade Racial, Anaílle Franco, um período de cinco dias de férias, em meio às denúncias de assédio sexual que envolvem o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Anaílle teria sido uma das pessoas afetadas pelas acusações.
A concessão das férias foi oficializada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (9).
Na última quinta-feira (5), a organização Me Too Brasil confirmou que recebeu denúncias contra Almeida, informando que as vítimas tiveram acesso a suporte psicológico e jurídico através dos canais de atendimento da instituição.
Silvio Almeida foi demitido na sexta-feira (6). Em nota oficial, o Palácio do Planalto declarou que Lula considerou “insustentável a permanência do ministro devido à seriedade das acusações”. Almeida negou as acusações e declarou que deseja provar sua inocência.
Antes da exoneração, Anaílle Franco foi ouvida em uma reunião com ministros da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Após a demissão de Almeida, Anaílle utilizou as redes sociais para se manifestar, afirmando que não se deve minimizar casos de violência.
“Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, escreveu.
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