O presidente Lula chegou ao Canadá, na noite de segunda-feira (16), para participar da 51ª Cúpula do G7, a convite do governo canadense. O tema principal da agenda do petista será segurança energética, com foco em investimentos, tecnologia, minerais críticos, preservação de florestas e prevenção de incêndios. As potências do bloco se reúnem em meio ao cenário global de crescente tensão geopolítica.

Quando Lula desembarcou no Aeroporto Internacional de Calgary, a escalada bélica em curso entre Israel e Irã havia ceifado mais de 240 vidas nos últimos quatro dias. Na Faixa de Gaza, dos quase 60 mil mortos no conflito entre o grupo xiita Hamas e as Forças de Defesa de Israel, a maioria é composta por mulheres e crianças. E na Ucrânia, a possibilidade de paz parece ter arrefecido.

Por outro lado, o planeta convive hoje com a questão das emergências climáticas. Nos discursos em fóruns internacionais, Lula tem condenado os altos gastos militares das nações desenvolvidas e a falta de compromisso delas com a redução do aquecimento global. Para o petista, os países mais ricos precisam arcar com os custos da transição ecológica justamente por serem os mais poluidores. 

Na terça (17), no distrito de Kananaskis, estado de Alberta, o presidente participa do segmento de engajamento externo do G7, parte da programação da Cúpula. Ele também terá reuniões bilaterais com mandatários do bloco, incluindo o primeiro-ministro canadense, Mark Carney.

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Por meio das redes sociais, Lula compartilhou um vídeo de sua chegada. “Nesta terça (17), a convite do governo canadense, participo da sessão ampliada da Cúpula do G7. Em pauta, transição energética, inovação e investimento para um mundo sustentável”, publicou.

À Agência Gov, o embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), esclareceu a importância dessa nona ida de Lula à Cúpula do G7.

“É uma oportunidade para que o presidente possa falar da organização da COP 30 e convidar os outros líderes para que venham ao Brasil. E o tema principal de discussão do G7 tem uma ligação direta com o que será tratado na conferência em Belém”, argumentou o diplomata. 

Meio século de G7

O Brasil mantém coordenação com os membros do G7 em temas estratégicos da agenda internacional, seja de maneira bilateral ou em organismos multilaterais de que os países parceiros são parte. 

Em 2025, o G7 completa meio século de existência. O bloco é composto atualmente por Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Japão. Foi criado em 1975, por iniciativa do ex-presidente francês Valéry Giscard d’Estaing. O objetivo era reunir os países mais industrializados à época e tratar de questões de interesse comum.

A sessão de engajamento externo, prevista na agenda de Lula, será um almoço de trabalho com 17 países convidados. O tema: “O futuro da segurança energética – diversificação, tecnologia e investimentos para assegurar acesso e sustentabilidade em um mundo dinâmico”. 

Na Cúpula do G7, são igualmente aguardadas as presenças de representantes da África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México, além de dirigentes das seguintes entidades internacionais: Organização das Nações Unidas, Banco Mundial, Comissão Europeia e Conselho da União Europeia.

Da Redação, com informações da Agência Gov

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Last Update: 17/06/2025