A fragilidade política de Lula (foto/reprodução internet) ficou ainda mais exposta: agora é o PDT que bate na mesa. Pressionado pela crise na Previdência, onde fraudes se multiplicam sob a gestão de Carlos Lupi, o Planalto vê sua base virar chantagista. Mário Heringer, líder pedetista na Câmara, foi claro: se Lupi cair, o PDT sai junto — e sem indicar substituto. A lógica é crua: não aceitarão carregar o ônus sem o bônus de apoiar o governo. Em outras palavras, o partido quer manter seu espaço e blindar seus quadros, ainda que à custa de ignorar suspeitas e denúncias. Lula, que sempre se gabou de administrar aliados no varejo, agora precisa escolher entre engolir a crise ou enfrentar deserções em um Congresso que já lhe cobra caro. O PDT apenas verbalizou o que toda a base pensa, mas não tem coragem de dizer: lealdade, aqui, é moeda de troca — e cada vez mais cara.
