O presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a libertação de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, após 1.901 dias preso em Londres, no Reino Unido, como parte de um acordo judicial com os Estados Unidos.

Assange foi liberado no aeroporto da capital britânica e deixou o Reino Unido, na manhã desta segunda-feira, quando se declarará culpado de uma das acusações do governo norte-americano.

Assange é acusado, pelos Estados Unidos, de conspiração por divulgar uma série de documentos confidenciais que revelavam o cometimento de crimes de guerra.

Ele estava detido no Reino Unido desde 2019, após sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia num processo em que era acusado de violência sexual. O caso foi arquivado por falta de provas.

Lula foi um dos poucos chefes de Estado que se posicionou em defesa de Assange ao longo dos 14 anos de perseguição judicial contra o ativista. Para o brasileiro, a libertação representa uma “vitória democrática”.

Repercussão na ONU

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos também comemorou a libertação do australiano.

“Congratulamo-nos com a libertação de Julian Assange (…) e com os progressos significativos registados no sentido de uma resolução definitiva deste caso, sem mais detenções”, disse a porta-voz do ACNUDH, Elizabeth Throssel.

Throssel disse que o caso Assange “levantou uma série de questões relacionadas com os direitos humanos” e que a sua detenção “cada vez mais prolongada” também suscitou preocupações.

“Vamos continuar a acompanhar os desenvolvimentos nos próximos dias”, acrescentou a porta-voz em Genebra, Suíça.

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Última Atualização: 01/07/2024