Lula celebra a abertura de 500 novos mercados para exportações brasileiras

Desde 2023, com o retorno de Lula à presidência, o Brasil já ultrapassou a marca de 500 mercados internacionais abertos para os produtos da agricultura nacional. A expressiva marca alcançada foi comemorada nesta segunda-feira (15), durante a cerimônia de inauguração da sede própria da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em Brasília (DF).

Com a presença de produtores rurais e técnicos de comércio exterior, o presidente Lula destacou a volta do crescimento econômico do país sob o seu governo, assim como a maior massa salarial da história e a menor taxa de desemprego já registrada.

Ele também ressaltou que é necessária uma visão compartilhada sobre a questão produtiva e ambiental, uma vez que a derrubada dos vetos presidenciais, pelo Congresso Nacional, no caso do PL da Devastação, prejudica, principalmente, os empresários, ainda que se estendam os malefícios para toda a população.

“Nesse país que estamos construindo, as coisas estão dando certo, os mercados estão aparecendo, o nosso pessoal está tendo mais capacidade de produzir, a mão de obra está se qualificando, a gente está respeitando mais a questão ambiental. Quando o Congresso Nacional derrubou o meu veto, não pense que eu fiquei chateado, porque eu não vou perder um milímetro, quem vai perder são os empresários que exportam produtos agrícolas se estiverem cometendo bobagem de não respeitar a questão climática”, afirmou.

“Quando chegar uma denúncia da União Europeia, ou quando o Xi Jinping [China] disser que não quer comprar porque estão cometendo tal delito na floresta, não sou eu que vou perder, são os empresários que vão perder. Então essa responsabilidade não pode ser só do governo e do Ministério Público”, completou Lula.

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Apesar da crítica ao Congresso nessa questão, o presidente agradeceu aos parlamentares por aprovações de importantes medidas como a da reforma tributária e da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Lula ainda declarou que não existe no mundo outro país para competir em exportações do agro com o Brasil, dada a fartura vista por aqui, sendo primordial investir em condições que facilitem os negócios.

Parte dessa atuação em prol de novos mercados será vista em fevereiro na Índia e na Coreia do Sul, e em abril, na feira de Hannover, na Alemanha, que terão missões do presidente para articular mais exportações dos produtos brasileiros.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ainda projetou que o Brasil deverá bater recordes de exportações no ano.

“Vamos bater neste ano um recorde, mesmo com o mundo crescendo menos e preços menores. Nós devemos bater um recorde, 345 bilhões de dólares de exportação e 629 bilhões de dólares de corrente de comércio. Até o panetone aumentou a exportação, aumentou 4% a exportação de panetone esse ano”, acentuou Alckmin.

500 novos mercados

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou a importância da integração entre os ministérios para chegar ao resultado, sendo que a marca de novos 500 mercados é fruto da integração de esforços da agência com os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), das Relações Exteriores (MRE) e da Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). 

“O governo passado [Bolsonaro] abriu pouco mais de 200 mercados em quatro anos. O nosso governo, em três anos, abriu mais de 500 mercados, já são 506”, celebrou Viana.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, também comemorou o feito: “Tenho certeza de que nenhum país no mundo consegue ampliar dessa forma, em três anos, os seus mercados”.

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De acordo com os cálculos do Mapa, os novos 500 mercados representam um potencial de exportação superior a US$ 37,5 bilhões por ano. A marca foi alcançada na semana anterior com a conclusão das negociações sanitárias para a exportação de carne bovina brasileira para a Guatemala.

São 80 países envolvidos nas operações com destaque para as vendas de carne, algodão, fruta e pescados. Entre 2023 e 2025, foram feitas 19 missões oficiais presidenciais e 5 vice-presidenciais, visando aumentar as oportunidades em mercados prioritários. Além disso, o governo Lula junto com a ApexBrasil realizou 170 ações internacionais em 42 países, o que permitiu atender três mil empresas nacionais e reunir mais de 8 mil empresários nas missões.

“O governo passado queria fechar a ApexBrasil. O então ministro da Economia [Paulo Guedes] que acumulou tudo, falou: ‘tem que fechar ou então a Apex tem que gerar recurso próprio com os empresários. Os empresários que promovam o Brasil’. Essa era a visão passada. O senhor [Lula] investiu na Apex, me chamou para cá. Mas o maior investimento na agência é o presidente Lula, porque ninguém vende mais um país do que a diplomacia presidencial, por mais que a gente se esforce”, disse Viana, ao lembrar que a ApexBrasil foi lançada em 2003, no primeiro mandato presidencial de Lula.

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