Conhecida como “Rodovia da Morte” devido aos graves acidentes que ocorrem ao longo do seu percurso, a BR-381, em Minas Gerais, poderá mudar essa triste história nos próximos anos. A estrada foi incluída no Novo PAC e receberá R$ 10 bilhões em investimentos em 30 anos, conforme anunciado nesta quarta-feira (22) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando também foi assinada a concessão da estrada.
“Eu sei da angústia do povo de Minas Gerais para que a gente possa consertar essa estrada. Eu disse que a gente ia fazer essa rodovia parar de ser chamada de estrada da morte e começar a ser chamada de estrada da vida”, declarou o presidente, em cerimônia no Palácio do Planalto.
A rodovia passará a ser administrada pela Concessionária Nova 381 no trecho de 303 km, que começa em Belo Horizonte e segue até o entroncamento com a BR-116, em Governador Valadares.
Por atravessar o Vale do Aço, no interior de Minas Gerais, e interligar o estado com São Paulo e Espírito Santo, a BR é importante tanto para o deslocamento da população quanto para o escoamento de produtos industriais, configurando-se como um corredor logístico estratégico.
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Devido a essas características, a estrada tem intenso fluxo de caminhões, ônibus, veículos leves e, ao longo do tempo, foi se degradando sem ter manutenção adequada, o que aumentou o perigo para quem por ela trafega. No ano passado, em Minas, a estrada computou 169 mortes decorrentes de acidentes, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal.
Três tentativas de leilão desde 2021 foram frustradas até que no ano passado o governo Lula começou a desenhar um novo projeto. A expectativa é de que a concessão beneficie 4 milhões de pessoas que vivem na região e promova 83,5 mil empregos diretos e indiretos.
“Estávamos acostumados a concessões em que o governador vendia praticamente a estrada aos empresários e jogava o preço no pedágio. Qual a novidade agora? É que não tem outorga. O empresário não tem que pagar para o estado gastar dinheiro em outras coisas. Sem outorga, o objetivo único é fazer com que o usuário seja o beneficiário e pague um pedágio menor”, explicou Lula.
Plano de ação
De acordo com o governo, o projeto de readequação da estrada prevê 83 quilômetros de faixas adicionais, 51 correções de traçado, áreas de escape, Pontos de Parada e Descanso para caminhoneiros e 23 passarelas.
Serão instalados, ainda, pontos de atendimento ao usuário e Bases do Serviço Operacional para apoio das equipes de atendimento médico de emergência, mecânico e demais incidentes na via.
Nos primeiros 100 dias, as ações se concentrarão na reabilitação da rodovia, com ênfase na segurança e em melhorias visíveis aos usuários.
Entre as medidas previstas estão o reparo de pavimento, incluindo tapa-buracos e correções pontuais, a recuperação da sinalização vertical e horizontal, a roçagem da faixa de domínio, reparos iniciais em pontes e viadutos, limpeza das pistas e manutenção e reforço do sistema de iluminação.
Com informações da Palácio do Planalto
