O pastor Flávio Amaral, líder do Ministério Libertos por Deus (LPD), virou alvo de críticas nas redes sociais após atacar o padre Fábio de Melo, que revelou sofrer com depressão. Em um vídeo que circulou na internet, Amaral sugeriu que a condição do religioso católico estaria relacionada à sua sexualidade, afirmando que o padre teria “falta de sexo” e medo de “sair do armário”.
As falas do pastor, no entanto, não são o único motivo de controvérsia: ele também é investigado pelo Ministério Público (MP) em um caso que envolve o suicídio de uma jovem trans de 22 anos, ocorrido em setembro de 2023.
Amaral, que se autointitula “ex-travesti”, é conhecido por pregar a chamada “cura gay” e a “destransição” por meio de práticas religiosas, como jejum e oração. A jovem que tirou a própria vida era fiel da igreja liderada por ele e passava por um processo de “destransição” coordenado pelo pastor.
O caso foi denunciado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL) e pela vereadora de São Paulo Amanda Paschoal (PSOL), que acusaram Amaral de impor sofrimento à vítima ao tentar “curar” sua identidade de gênero.
Em publicações nas redes sociais, Amaral já comparou uma influenciadora trans a “Satanás” e classificou um homem trans gerando um filho como uma “abominação”.
🚨VEJA: Pastor causa polêmica ao dizer que depressão de Padre Fábio de Melo é por não se assumir homossexual: “está louco pra sair do armário” pic.twitter.com/ZlwtdawD1Y
— União Sem Limite (@UNIAOSEMLIMITE) January 29, 2025
Ele também compartilhou fotos de fiéis em processos de “destransição”, mostrando um “antes e depois” com roupas associadas ao gênero de nascimento. Após o suicídio da jovem, o pastor chegou a afirmar que a obrigou a fazer jejum ao descobrir que ela estava apaixonada por um homem.
Apesar das acusações, os advogados de Amaral, Jean Paulo Pereira e Florentino Rocha Conde, negaram qualquer participação direta do pastor no suicídio da fiel.
Eles alegaram que ele não promove práticas fraudulentas de “cura” e que suas ações são baseadas em preceitos religiosos. No entanto, as denúncias levantadas pelas parlamentares destacam o “sofrimento imposto à vítima” durante o processo de conversão religiosa.
As declarações de Amaral sobre Padre Fábio de Melo ampliaram a repercussão do caso. Em um vídeo, o pastor insinuou que o padre seria homossexual e que sua depressão estaria relacionada à falta de uma vida sexual ativa. “Seja mais específico, porque eu acredito que o senhor está louco para sair do armário. Muita gente já sabe, já pensa, já fala”, disse Amaral.
Ele ainda questionou: “Padre com depressão por causa de sua vida sexual? Porque não saiu do armário, porque não casou com uma mulher, ou porque não tem um homem, ou porque não faz sexo?”.
Segurando uma Bíblia, o pastor finalizou com um recado ao padre: “Querido, seja qual for o motivo, este aqui é o remédio para qualquer depressão”.
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