
O Exército já está se organizando para a possível prisão de militares ativos ou da reserva, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso sejam condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado. As informações foram repassadas pela jornalista Monica Gugliano, do Estadão.
De maneira extraoficial, fontes militares indicam que seria ideal que o julgamento fosse concluído até dezembro, evitando que se estenda para 2026, ano eleitoral.
Um oficial afirmou que ainda não se discutiu detalhes sobre quem, como e por quanto tempo os condenados poderiam ser presos, mas ressaltou a necessidade de uma certa organização para esses cenários.
Embora exista a possibilidade de Bolsonaro ser enviado a uma unidade da Polícia Federal (PF), como aconteceu com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que permaneceu preso por 580 dias em Curitiba, a expectativa é que Bolsonaro seja condenado a cumprir sua pena em uma instalação militar.
Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por diversos crimes, como organização criminosa armada, tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, danos qualificados à União e destruição de patrimônio tombado.
Caso seja condenado, ele deverá ser mantido em instalações similares às do general Walter Braga Netto. O ex-ministro de Bolsonaro encontra-se detido no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro, em um ambiente equipado com armário, frigobar, televisão, ar-condicionado e banheiro privativo.
Outra possibilidade que vem sendo discutida é a de Bolsonaro cumprir pena no Comando Militar do Planalto, em Brasília.