Arthur Lira, com a diplomacia de quem domina os bastidores, fez chegar a Hugo Motta um recado em tom de conselho: a presidência da Câmara exige equilíbrio, sem se dobrar nem ao Planalto, nem à oposição. O aviso, embalado em amizade, teve efeito imediato. Dias depois, Motta pautou a ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal ao questionar a retomada da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (foto/reprodução internet). Mais que sintonia entre aliados, o gesto revela a tentativa de Lira de manter influência no centro do tabuleiro, mesmo fora da cadeira de presidente. Motta ouviu, assimilou — e agiu.
