O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta sexta-feira 31 que Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara e do Senado que terminam o mandato neste sábado 1º, ‘têm tamanho’ para chefiar ministérios.
O nome dos dois é ventilado para integrar o governo em uma futura reforma ministerial promovida por Lula (PT). “Todos os dois, evidentemente, são quadros preparados. Quem foi presidente da Câmara ou do Senado, na minha opinião, tem qualificação para assumir qualquer posto”, disse em entrevista à CNN.
Wagner, entretanto, ponderou que a situação dos dois é diferente, já que Pacheco almeja a disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026 e Lira é de um partido que não integra a base do governo Lula.
“Quem senta em um Ministério hoje e for ser candidato, vai ter um ano e dois meses. Você senta em uma cadeira, monta sua equipe… não sei se dá tempo de uma produção tão grande, a tempo de você se projetar.”
Sobre Lira, o senador apontou a resistência do partido do parlamentar. “O próprio Ciro [Nogueira, presidente do PP] disse que era contra a entrada dele [Arthur Lira]. Então essa é uma questão que, em primeiro lugar, cada um tem que definir de que lado quer estar”, afirmou.
Sobre a relação do governo com Davi Alcolumbre (União-AP), favorito para ocupar a cadeira de Pacheco, Wagner diz esperar que seja ‘tranquila’. “Um presidente do Senado, ele não é nem líder da oposição, nem líder do governo, ele é um magistrado. […] eu repito, nesse sentido, acho que a relação vai ser muito tranquila”, completou.
