Líderes europeus se reúnem em Londres para declarar apoio à Ucrânia após bate-boca entre Zelensky e Trump na Casa Branca. Foto: JUSTIN TALLIS / POOL / AFP

Líderes europeus destacaram neste domingo (2) a necessidade de rearmar “urgentemente” os países do continente e defenderam a paz por meio da força, com apoio financeiro e militar à Ucrânia contra a Rússia.

O debate aconteceu em Londres e reuniu líderes de 18 nações, incluindo o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e representantes da França, Alemanha, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, República Tcheca, Romênia, Suécia e Turquia, além do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

A reunião ocorreu em meio à incerteza sobre o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, após a ameaça do governo americano de reduzir sua participação na guerra iniciada em 2022, quando a Rússia invadiu o território ucraniano.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou a urgência do rearmamento europeu e cobrou mais investimentos dos países da União Europeia na área de defesa. “Precisamos urgentemente rearmar a Europa”, declarou Ursula, ressaltando que o continente deve demonstrar aos EUA sua disposição de proteger a democracia.

A dirigente também enfatizou que os países europeus precisam de mais espaço fiscal para ampliar os gastos militares.

“Todos entendemos que, após um longo período de subinvestimento, agora é de extrema importância aumentar o investimento em defesa por um período prolongado. Faremos isso pela segurança da União Europeia. (…) Os Estados-membros precisam de mais espaço fiscal para intensificar os gastos com defesa. (…) Temos que nos preparar para o pior e, portanto, aumentar os gastos”, afirmou à imprensa após o encontro em Londres.

O evento foi realizado dias depois do bate-boca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder ucraniano na Casa Branca, na sexta-feira (30). O atrito agravou a relação entre os dois países, que já vinha se deteriorando desde a volta do republicano ao poder, em janeiro.

Sob a gestão de Joe Biden, os EUA foram um dos principais financiadores da resistência ucraniana contra a invasão russa.

Trump tem pressionado por um acordo de paz com a Rússia, mas a proposta gera desconfiança entre autoridades ucranianas e europeias, que temem que Vladimir Putin retome os ataques mesmo após um eventual cessar-fogo.

Além disso, o presidente americano voltou a cobrar que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentem seus investimentos em defesa. Ele sugeriu que os EUA podem reduzir seu papel como principal garantidor da segurança da Europa, colocando em risco um pacto vigente desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

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Last Update: 02/03/2025