O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute B. Egede, descreveu como “altamente agressiva” a visita de uma delegação norte-americana à ilha, agendada para a próxima quinta-feira (26). À imprensa local, ele afirmou ainda que vê a medida como uma “provocação”, tendo em vista os planos do presidente dos EUA, Donald Trump, de anexar o território.
“Até recentemente, podíamos confiar nos americanos, que eram nossos aliados e amigos, e com quem gostávamos de trabalhar em estreita colaboração”, disse o primeiro-ministro, em entrevista ao Sermitsiaq.
No entanto, Egede garante que o tempo de colaboração acabou e que a comitiva, liderada pela esposa do vice-presidente JD Vance, Usha Vance, não será recebida pelo governo.
Até o próximo sábado (29), a delegação, composta também pelo assessor de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, e o secretário de Energia, Chris Wright, visitará uma base militar dos EUA. Na agenda está ainda uma corrida de trenós puxados por cães.
Semiautônomo, o território pertence à Dinamarca. Mas, graças à riqueza mineral da Groenlândia, além de o território servir de rota alternativa para a exportação de produtos chineses, Trump tem reiterado seu interesse em anexar a ilha ao território norte-americano – hipótese refutada tanto pelo premiê da Groenlândia, quanto pelas autoridades dinamarquesas.
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